24 de maio de 2007

Mar adentro

Eu espero que tenha sido algo que comi. Ou que não comi. Provavelmente a última opção. Mas hoje deu uma estranha vontade de sofrer. Foi essa a impressão que tive diante da seqüência de pensamentos, reflexões e atitudes que se fez marcar no peito como um cortezinho daqueles de folha de papel bem fina no dedo médio. Nó na boca do estômago, olhos pesados, cenho franzido. Talvez a declaração de amor dela que está no Rio (a recíproca é muito verdadeira, minha amiga telepática) e a conseqüente saudade dele que também está num Rio, mas o Grande e do Sul (precisei tanto do abraço grandão daquela Renata de cuecas...) tenham trazido à tona a doidice de ausências e vazios que não moram realmente, mas vez em quando visitam o oco cá dentro. Até a salada de camarão passou rasgando. E percebi a gravidade daquele quadro adquirindo DVDs nas Lojas Americanas, quando, ao achar e pegar Mar Adentro na prateleira de promoções, simplesmente chorei. Não sei se pela vontade de estar nos braços da galega, que compartilhou comigo aquela sessão de cinema em 2004 ou se pela beleza daquele poema do fim...mas me imaginei volitando cama afora e depois mergulhando mar adentro. Agora é escolher se volto à superfície ou caio no coma deprimente. Mas, só pelo fato de ter escolha, já flutuo rapidinho para puxar ar e pisar na areia.

3 comentários:

Breno Pessoa disse...

Então, não é o "que", mas "quem" não comeu.

Não, não sei fazer um comentário sério, tocante ou relevante para melhorar seu ânimo.

Hoje você perdeu a moral que tinha pra me chama de chato, baixo astral ou afins. :P

Anônimo disse...

Minha flor, às vezes essas lágrimas brotam quando precisamos colocar pra fora um sentimento (ou vários) que estão atravancando nosso caminho. É tipo a lavagem das escadarias da Igreja do N.S. do Bonfim...
Limpa tudo, seca ao vento e nos deixa mais leves pra voar.

amo! :*

Anônimo disse...

eu te amo mesmo, amiga.