Eu bebo a Vida, a longos tragos,
Como um divino vinho de Falerno!
Pousando em ti o meu olhar eterno
Como pousam as folhas sobre os lagos...
Os meus sonhos agora são mais vagos...
O teu olhar em mim, hoje, é mais eterno...
E a Vida não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e pressagos!
A Vida, meu Amor, quero vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas, hemos de bebê-la!
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?
Que importa o mundo e os seus orgulhos vãos?
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!
(Florbela Espanca)
2 comentários:
Já havíamos sido apresnetados à Florbela, mas numa tarde de sol laranja ela resolveu tocar a campainha, entrar em casa, tomar um vinho e sentar na varanda... Lembro de todos os seu sábios conselhos!
Bem q eu queria, visse, Alê? =D
Vi, não esqueço aquela tarde...e o oráculo Espanca.
=**
Postar um comentário