29 de agosto de 2007
Biu Maravilha, faz mais um pra gente ver
Chega a ser até engraçadinha a forma como os rapazes comentam suas experiências beijoqueiras/sexuais (ou suas "participações amorosas", como eufemicamente define o pai de uma amiga) entre os coleguinhas. Importante ressaltar que muitas dessas experiências só acontecem sob o peso de contar pros pariceiros. O interessante é quando inventam uma narrativa especial - que julgam altamente criativa - para contextualizar as presepadas, com temáticas ligadas ao vaaasto universo masculino de interesses. O futebol é um dos temas preferidos para ilustrarem suas aventuras. "O atacante Fulaninho de Tal marcou mais um gol de placa contra a equipe Beltrana, enquanto o craque Biu Fulanão fechou o placar da noite em 3X1...". Os códigos realmente são insuperáveis. Outro dia, uma amiga recebeu convite pra dar um passeio na Viatura do Amor de um carinha! O motel ambulante e dirigível da criatura deve ser a sensação dos amigos durante os papos da pelada semanal, que, em vez de cuidarem cada qual do seu mundinho, se deliciam com as narrações absurdas de noites tórridas de sexo selvagem com mulheres gostosíssimas, que gozaram 357 vezes com eles. As mulheres, pelo menos as que estou habituada a observar, são mais secas e sinceras nas histórias, às vezes sem mencionar os nomes das vítimas, mas sempre com detalhes mais íntimos do que absorvente interno. E vale contar os podres do bofe metido a Dom Juan, claro. O time adversário do clube de Biu, por exemplo, deve se divertir compartilhando informações menos futebolísticas e mais novela mexicana/comédia pastelão a respeito do parceiro em comum, que, porventura, ache que está pegando geral as damas do mesmo ambiente sem ser percebido (e comentado). {Rá! Vá a mulher pegar mais um do mesmo grupo pra ver a merda que dá!}. Creio que as mulheres respeitem mais os paquerinhas, ao menos evitando coisificá-los e julgá-los pelos seus atributos/falhas/currículo. E bem mais criativas. Eles nem imaginam que as rabudas, peitudas e putinhas sobre as quais comentam os chamam de nomes como Pau Molão, Traficante, Animal, Boy-seqüelado, Pinto Pequeno, Cafuçu-mór, Mamãozão, Mala, Cão, Boneco Ruim, entre outos. E o melhor de tudo é não expor o rapaz, que nem tem culpa de ser bobinho, ruim de pegada ou projeto de canalha; mas merece umas risadinhas pelo bocão exagerado no quesito segredos de liquidificador.
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26 de agosto de 2007
Ressaca imoral
Primeiro: eu não estou aqui. Sumi, despluguei, cuspi e saí nadando...Não gosto de lembrar quem fui, ou melhor, quem os outros (os que me conheceram nos momentos bafón) pensam que sou depois do vexame recente. Existe coisa pior do que enlouquecer, fazer coisas absurdas que jamais faria sóbria e não recordar absolutamente nada de certos trechos da noite? Pois eu inventei de tomar fluoxetina e sibutramina de novo, semana passada, e, tendo parado quinta, achei que sexta poderia tomar minha cervejinha. Errei...fiz feio. Mas eu não sou assim, juro. Jamais pomba-girarei novamente! Ao menos não por efeito dessas drogas pesadas. E se quiserem me julgar pelos maus momentos, azar. Quem me conhece me compra. Agora deixa eu voltar a enfiar minha cabeça no buraco...pi-pi-pi-pi...
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20 de agosto de 2007
Sobre meninos e lobos
Pode ser trauma e revolta, frustração e mágoa, decepção e raiva, despeito ou impaciência. Mas homem não vale mesmo nada. Ô racinha triste! Salvas as exceções, claro, que conto nos dedos e que infelizmente pagam pelos erros (demasiados) da massa testosterônica, é, cada vez mais, brochante acreditar nos boys. Tiro pelos casos recentes de amigas já imunizadas contra a escrotice masculina que resolveram apostar num "bonzinho" e levaram beeem bonzinho na bunda. Uma delas é a criatura mais casável, eternizável e comível da face da Terra, na boa. Uma fofa, lindinha, inteligente, nada possessiva e ainda por cima superprendada. Pois o fofy dela começou morgando, irmãozando...hoje ex, ele se enrola e foge, apesar de sofrer a falta da fofa. Alguém entende? E o cafuçu que tava namorando outra amiga: paquerou, encarnou, pentelhou até a menina aceitar namorar. Depois, era só grude e declarações sufocantes, até que a menina se apaixonou...e ele acabou do nada. Ora, quer saber de uma? Fodam-se! Abuso total desses mamacholas! Não têm jogo de cintura pra viver! Estão com problemas financeiros, dispensam a namorada. Um calo no dedinho esquerdo, - fora, mulher! Querem fazer curso de alemão...então não há tempo pra gatinha. Trauma de ex-mulher, medo de se apaixonar, medo de...medo!!! Eles não querem expor seu coração de muriçoca (dengue, melhor!) mesmo que surja uma história legal, um convite a momentos de felicidade real. Bom mesmo é curtir os mesmos bat-amigos nos mesmos bat-bares na mesma bat-merda-vida! Afe! Pode ser trauma e revolta, frustração e mágoa, decepção e raiva, despeito ou impaciência. Mas homem não vale mesmo nada. Ô racinha triste!
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13 de agosto de 2007
Por que o diabo veste Prada
Ela: A solidão é um vestido Prada pra mim
me: uiaaa. que metáfora chique!
Ela: é uma victoria secrets: veste bem, mas é caro.
***
E foi assim que, sem querer, a querida amiga me chamou a atenção para meu próprio coração. Este aqui, que pouco tenho visitado ou deixado visitar. Animação, bom humor, alegria...continua tudo latente, fazendo parte do meu show. Mas, na hora de se ensimesmar, a coisa complica, o nó na garganta aperta e as lágrimas caem como avalanche, lavando, levando e gerundiando tudo o mais. Hora mais incoveniente impossível. Pior é inventar razões/desculpas/(culpas de terceiros) banais pra não revelar o real (e ainda menos conveniente) motivo dar dor liqüefeita. Aceitar que é natural curtir momentos que o oráculo legionário ilustraria com Giz: "...és parte ainda do que me faz forte pra ser honesto e só um pouquinho infeliz. mas tudo bem, tudo beeeem...". Por que sentir um vazio por ele ter casado, se eu mesma o libertei para ir em busca de outras maçãs anos atrás? Se não mais o doce dessa fruta eu sentia? Por que sentir raiva do "outro ele" quando resolve esfregar na cara a "nova ela", se a "mesma eu", ao constatar que o tumor era maligno, o expurguei do corpo e da alma? Se agora o câncer tá curado e o mar tá calmo? Aceitar dores indevidas, injustificáveis e até inverídicas é tão ruim que a gente acaba enfiando os pés pelas mãos, ou a cara na cana ou a faca num possível affair dos que valem a pena. Aí, depois da ressaca moral, os resultados: o vazio era fome, não saudade; a possibilidade do novo se tornou lenda; eu sou uma eu otária perante os bons...Mas nada que uma segunda-feira 13 não piore.
me: uiaaa. que metáfora chique!
Ela: é uma victoria secrets: veste bem, mas é caro.
***
E foi assim que, sem querer, a querida amiga me chamou a atenção para meu próprio coração. Este aqui, que pouco tenho visitado ou deixado visitar. Animação, bom humor, alegria...continua tudo latente, fazendo parte do meu show. Mas, na hora de se ensimesmar, a coisa complica, o nó na garganta aperta e as lágrimas caem como avalanche, lavando, levando e gerundiando tudo o mais. Hora mais incoveniente impossível. Pior é inventar razões/desculpas/(culpas de terceiros) banais pra não revelar o real (e ainda menos conveniente) motivo dar dor liqüefeita. Aceitar que é natural curtir momentos que o oráculo legionário ilustraria com Giz: "...és parte ainda do que me faz forte pra ser honesto e só um pouquinho infeliz. mas tudo bem, tudo beeeem...". Por que sentir um vazio por ele ter casado, se eu mesma o libertei para ir em busca de outras maçãs anos atrás? Se não mais o doce dessa fruta eu sentia? Por que sentir raiva do "outro ele" quando resolve esfregar na cara a "nova ela", se a "mesma eu", ao constatar que o tumor era maligno, o expurguei do corpo e da alma? Se agora o câncer tá curado e o mar tá calmo? Aceitar dores indevidas, injustificáveis e até inverídicas é tão ruim que a gente acaba enfiando os pés pelas mãos, ou a cara na cana ou a faca num possível affair dos que valem a pena. Aí, depois da ressaca moral, os resultados: o vazio era fome, não saudade; a possibilidade do novo se tornou lenda; eu sou uma eu otária perante os bons...Mas nada que uma segunda-feira 13 não piore.
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8 de agosto de 2007
Terça Insana Parte II - As drogas e as verdades
É fato sabido e batido que a pessoa que vos fala, junto com dois amigos, fundou a comunidade A bebida entra e a verdade sai no orkut, há uns aninhos, dada a relevância dessa premissa para nossas vidas (vide historinhas narradas desavergonhadamente nos primeiros tópicos da comuna). Falávamos, contudo, apenas da drogazinha lícita mais filha da puta, que é o álcool. Ô bichinho pra fazer a cabeça e provocar a vontade incontrolável de falar, confessar, difundir e praticar! Não imaginávamos nós, quando nos divertíamos com as histórias via orkut, que os piores bafões estariam por vir a partir do uso de outras drogas. Não que já não tivéssemos experimentado algumas delas. Só que acontecimentos recentes nos mostraram como é dura a vida de junkie. Uma amiga, por exemplo, inventou de dar uma bola, certa terça-feira à noite, depois de cervejas daquelas que caem beeeem direitinho no cabeção. A massa também devia ser da boa, visto que a mocinha ficou lelé. A bicha falava sem parar, gesticulava, sacodia os cabelos e não parava de citar. Sim, as citações foram a melhor parte. No começo da noite, foi Ary Barroso: "risque meu nome do seu caderno...". No fim, Renato Russo baixou e tudo parecia à garota um questionamento para o oráculo legionário responder. "Rá, mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo". "O quê? Pois você deveria saber que a ignorância é vizinha da maldade!". "Já estou cheio de me sentir vazio; meu corpo é quente e estou sentindo frio"...No auge do brilho, ela puxava as músicas, muito bem acompanhadas pela voz embriagada vinda de mim e de outra amiga (deixando chocada a turma "u-hu" de Olinda, até os mais "podescrê", que jamais admitiriam gostar de algo tão adolescentemente nostálgico como Legião. Pois eu gosto mesmo e, pra mim, infantil e adola é essa coisa blasé de "gosto do que quem é cult gosta". pfff). Mas nossa amiga não estava satisfeita; a lombra era tamanha que, certa hora da noitada, a emoção lhe possuiu de tal forma que a única coisa que saiu de sua boca (ou de sua alma) foi: "ah, dá vontade até de falar da vida dos meus antepassados!". Eu ri bastante, sem saber que seria a próxima vítima das drogas "pesadas". Apavorada com o fato de que minha honra poderia estar ficando incompatível com a bebida, descobri que a fluoxetina me estava causando os bafões recentes. E eu lembrava lá que estava tomando esse troço pra diminuir a ansiedade! Sei que não lembrava de nada, enlouquecia na terceira cerveja e estava colecionando momentos "por que fiz aquilo?". Descoberta a causa do mau comportamento da pessoa, minha mãe comemorou: "tá vendo, Renata, agora você vai largar a bebida!". E eu a decepcionei, no melhor estilo Scarlet O'Hara (E o Vento Levou...), de punho pra cima (não tinha sombra de árvore no crepúsculo, mas foi bonito): "não, mãe, agora sei que jamais tomarei fluoxetina novamente!".
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