tag:blogger.com,1999:blog-76290885418343526852024-03-05T21:24:05.096-03:00NÚMEROS PARESPra quem acha que um mais um é sempre mais que doisRenatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.comBlogger218125tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-91583064453876071722014-12-14T16:49:00.001-03:002014-12-14T16:53:10.213-03:00Sofrência <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-lJyRO37-JbI/VI3p2Hjf9TI/AAAAAAAAkoo/HSulilAYV_o/s1600/sofrencia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-lJyRO37-JbI/VI3p2Hjf9TI/AAAAAAAAkoo/HSulilAYV_o/s1600/sofrencia.jpg" /></a></div>
Neologismos pegam, é verdade. Mas nem sempre chegam para ocupar o vazio da significância inédita, o remendo fantástico que faltava para preencher um nada qualquer. E o conceito da moda -<b>sofrência -</b> chegou para provar essa tal volta dos que não foram. Qual a novidade quando sempre tivemos a fossa, o fundo do poço, a dor-de-cotovelo, a roedeira? Quem é Pablo perto de Fernando Mendes, Odair José, Paulo Diniz? Isso só para citar os óbvios. Os pablistas, que se liquefazem inteiros com a pobre choradeira do cantor, por acaso já experimentaram alguns <i>Deslizes</i> da vida, levaram <i>Pingos de amor</i> no rosto ou mesmo se viram perdidos após uma <i>Nuvem de lágrimas</i> sob os olhos? As <i>Evidências</i> apontam que não. Faltam talvez, aos adeptos da sofrência, aquelas <i>Recordações</i> de quando quase se precisa até de <i>Cadeira de rodas</i> para se erguer de uma desilusão amorosa. De quando, depois de uns tantos goles, você pergunta: <i>Por que brigamos?</i> De quando a gente embarca naquela <i>Ronda</i>, cai, levanta e ensaia um sonoro: <i>Vá com Deus</i>! E quando somente o <i>Garçom</i> ouve nossas ébrias queixas e alivia as marcas das nossas <i>Torturas de amor</i>. Só mesmo os virgens de sofrência podem acreditar nela. Aos experientes, um belo porre de Perfume de Gardênia num lugar qualquer de uma vulgar noite de<i> Sábado</i>.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-27319358154632026932012-04-11T13:34:00.000-03:002012-04-11T13:34:45.631-03:00Inveja engorda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DwapVmHj_aBNEZFpxrVDr3kLgmIOlzOodMAo8EBlVXj7tNlE98hVk6eNGXSmU2YjO76RavXuOM2h_qUg1FJrDg-Y3phwygV2MyGO69c5QyVh05vnI597Nz0xgOJmKIzoR4PyQLGx05s/s1600/boca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DwapVmHj_aBNEZFpxrVDr3kLgmIOlzOodMAo8EBlVXj7tNlE98hVk6eNGXSmU2YjO76RavXuOM2h_qUg1FJrDg-Y3phwygV2MyGO69c5QyVh05vnI597Nz0xgOJmKIzoR4PyQLGx05s/s320/boca.jpg" width="320" /></a></div>Taí uma palavra que, desde que me entendo por gente, evito utilizar.<strike> Inveja.</strike> Incomoda até escrevê-la. Na verdade, sempre neguei a existência real desse sentimento, repudiando, muitas vezes, comentários rasos que tudo a esse substantivo abstrato culpam. Sabe aquele povo que se acha invejável? Do tipo adesivo num estrupício de carro: "Não me inveje, trabalhe". Ou as criaturas adeptas da figa e da mania de culpar os outros pela falha de algo, atribuindo a desgraça ao "olho gordo" de alguém. É, sempre tive muita raiva desse argumento, porque quem somos nós para causar tanto incômodo em alguém? Somos melhores? Mais saudáveis? Mais bonitos? Grande merda! Seríamos, nesse caso, muito fracos ao ponto de sucumbirmos e não determos poder algum nesta vida, não? Deveríamos nos concentrar no nosso estado, nos nossos pontos positivos e na melhoria dos aspectos negativos... Bem, era assim que eu pensava até os últimos dias. Estava enganada, em parte. A inveja existe, e não é porque nunca a experimentei que posso negá-la. Não há outra explicação para pessoas que, tão próximas, não se satisfazem com a sua satisfação. Para aquelas que se incomodam com o fato de você existir e, somente na cabeça delas, ser um tanto quanto mais próxima da perfeição do que elas. Loucas? Talvez. Só há insanidade em supor que sua felicidade é grandeza inversamente proporcional a do outro. Ou de que existe perfeição (e ela deve ser destruída! Grrrrr). E que somente é feliz quem se destaca sobre a carniça alheia, quem tem parâmetros ou felicitômetros ou perfeitômetros. Talvez também seja algo muito perto do amor (doentio, claro). Do tipo: ela ama tanto, mas tanto aquela outra que rejeita os amigos alheios ou tenta envenená-los contra o objeto de sua inveja. Que tenta seduzir seus namoradinhos adolescentes. Ou até pegar a rebarba da saliva depois de uma noite nada triangular. Valha-me, Deus! Não adianta tentar divagar; nunca compreenderei essa porcaria de sentimento das trevas. Só espero que nunca venha a experimentá-lo para não ter no meu rosto a expressão deprimente que tenho observado nos acometidos por esse mal, que mata e engorda. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-70252731024858125752012-03-29T14:01:00.001-03:002012-03-29T14:06:28.305-03:00Facetrix<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjug5JHUnvRLX7AGMXKxweAhhWZfk9MdDh19XiuQwjAROUVF2ISvU1mnttNUau14bWCzoDlgosiQUWZT-ERGyAaUaQAybJo33Gd1HUPJwKnzCZ3ObA23vOfAoC4BxnGzDTsXFzrPZGcFZk/s1600/matrix1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjug5JHUnvRLX7AGMXKxweAhhWZfk9MdDh19XiuQwjAROUVF2ISvU1mnttNUau14bWCzoDlgosiQUWZT-ERGyAaUaQAybJo33Gd1HUPJwKnzCZ3ObA23vOfAoC4BxnGzDTsXFzrPZGcFZk/s320/matrix1.gif" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Antes de tudo, um excelente espaço para os estudiosos da psiqué e das artimanhas emocionais. Tal pode ser a grande sacada do Facebook, se nos desdobrarmos do corpo congelado naquela cena rotineira protagonizada pela tela cheia de rostos. Ao sairmos de nós mesmos, ali num estado de "pause", talvez alcancemos visão panorâmica, privilegiada do que se passa nas entrelinhas ou nos entreposts. E é possível, nesse estado, vermo-nos maltrapilhos e esfomeados, em estado de transe, concetados todos, plugados pela nuca, num dispositivo que dá acesso à Matrix. Ou a qualquer dimensão de um mundo tão real quanto o de Papai Noel ou do Coelho da Páscoa. Lá somos lindos, livres e autênticos. Somos ricos, cheirosos e críticos. E como somos críticos! Afinal, se as fotos de nosso perfil e as descrições sobre nosso gosto musical constroem nosso avatar de perfeição, por que não utilizarmos também os programas de moralismo e de semideuses dos quais fizemos download para lançar mão na Facetrix? Programamos mecanismos de alto poder e ofertamos verborragia aos quatro cantos do mundinho que aceitamos como nosso. Para tanto, temos o apoio do nosso amigo Google, o Oráculo, que nos fornece frases de pessoas célebres, cuja genialidade acabamos por anexar também ao nosso banco de dados. Somos e podemos tudo. Tratamos dos temas os mais polêmicos com a propriedade de quem está acima do Bem e do Mal. Tachamos as pessoas com os adjetivos mais ferinos. Em alguns momentos, despertamos com a nuca desplugada. E vemos nossa figura cadavérica perecer. Lembramos dos nossos defeitos e crimes e de como temos exatamente as características daqueles que condenamos com belas palavras. Mas é só por um tempo. Logo voltamos ao nosso mundo de pequenos quadrados, rostos que falam com graça e que se abraçam com a cortesia dos que reinam. Que dormem o sono dos justos. E que se alimentam de frases de efeito para entorpecer a necessidade de se evidenciar e chamar a atenção do outro e escondem a autoestima mais baixa que o chão.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-51240685754279957682011-03-24T16:27:00.000-03:002011-03-24T16:27:33.226-03:00Mulher macho sim sinhô<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-cLB3Em5_3cmta9PlimYxBza0z-qhmWbqjTrXMnmLsiudvGQ3iqjYV67x3VUCHUIPlGtsbUNDqrCOOsKWB7A1HqoKnpWgpRBlTpnTL75OamgZnB1YXJP1_a5VXvvbydZeykPu3TqqGI0/s1600/anos-50.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-cLB3Em5_3cmta9PlimYxBza0z-qhmWbqjTrXMnmLsiudvGQ3iqjYV67x3VUCHUIPlGtsbUNDqrCOOsKWB7A1HqoKnpWgpRBlTpnTL75OamgZnB1YXJP1_a5VXvvbydZeykPu3TqqGI0/s320/anos-50.jpg" width="311" /></a></div>Enquanto isso, na sala de esteiras...chega uma segunda garota para sua corrida habitual. O carinha já tinha achado engraçado o fato de eu ter desligado o aparelho - há um para cada esteira - quando passava Big Brother, e ter ligado para assistir ao jogo do Santinha. Na segunda moça, ele não se conteve: - Olha, você pode mudar de canal com aquele controle-remoto. E a menina: - Não, é esse mesmo que quero assistir. E quedou-se perplexo ao observar os comentários entre as duas desconhecidas interessadas no futebol. Lembrou-me duas ocasiões em que fui chamada de "macho" por amigos, e que me incomodaram bastante. Pelo fato de constatar a imagem de mulher que eles têm. Você não é mulher se você não desceu do carro ofendida quando eles falaram da boazuda que atravessava a rua. Você não é mulher se você não abaixou os olhos e foi preparar petiscos para a cerveja - que jamais deverá compartilhar com eles. Você é macho se demonstra naturalidade em papos sobre conquistas, casais e sexo. É macho se ofende-se com machismo, se tem atitude e se não tem macho até.<br />
Enquanto isso, no banheiro feminino...as mulherezinhas contam como o cartão de crédito e o carro das suas presas são melhores do que os das outras. Ou como eles caíram feito patinhos na conversa delas após o perfume novo e o almoço de domingo. As traições. As futilidades. Isso é que é mulher! Calada, obediente e sempre pronta para agradar seu homem. Qualquer semelhança com os anos 1950 é mera coincidência. Porque, naquela época, não havia Big Brother nas TVs particulares de esteiras de academia. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-12269276151300567702011-03-17T21:32:00.000-03:002011-03-17T21:32:25.214-03:00A lua e eu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG6ZDWMoOJeHL7GQnn3KRjVyIp8q0TYFaNdmG0wgXxAPf5h7lYRa9pykuDwIVcToUwGsLJEhRFPZ7_tEjeI3dhd3TRRH7sKCHI1pRo1i5-EJcmwKmPVMyab2QxELJFHA6CB-7klx2pKnA/s1600/LUA+MINGUANTE+021+1.5.10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG6ZDWMoOJeHL7GQnn3KRjVyIp8q0TYFaNdmG0wgXxAPf5h7lYRa9pykuDwIVcToUwGsLJEhRFPZ7_tEjeI3dhd3TRRH7sKCHI1pRo1i5-EJcmwKmPVMyab2QxELJFHA6CB-7klx2pKnA/s400/LUA+MINGUANTE+021+1.5.10.jpg" width="400" /></a></div>Daquelas fases em que a gente tem mania de personalizar tudo. Vitimizar-nos. Mania de perseguição aguda momentãnea, como se poderia definir. Sabe olhar pra lua e achar que ela tá mudando por você? Há uns dias tava tudo escuro no céu negro. Foi por causa daquela tal decisão que acabou o que era doce...Hoje, já crescendo, luminosa, ela me acompanhou na janela do ônibus. Estava tocando música de luau no fone de ouvido, embora a seleção fosse só com as melosas. Vai estar cheia, como eu, por uns dias. Sorriso prateado, mas prestes a estourar de tão plena de tudo. No ápice destes dias onde mal vejo o céu, minguarei com ela, e com eles, numa nova fase de quase-luz. Mas eu serei Sol. Ela, o mesmo satélite sem luz própria. Ele, em definitivo, vai dizer sim à noite. Sempre preferiu a lua... Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-57974433625018207582011-01-10T22:47:00.001-03:002011-01-10T22:54:47.819-03:00Medo do mais do mesmo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbrenDXQJcxL16CPpG8lAByRchi1wymfPDHm6R2J5exN23LUXJvEt4JWrH0YC2VViR0D0tLlpqgxs95lW9Yk7cDVhiwNMv9OOx8VxmpdCx6e-iCH7CQ5y40a6MrnO_BUej7E1kxnU6tE/s1600/Regina_Duarte01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbrenDXQJcxL16CPpG8lAByRchi1wymfPDHm6R2J5exN23LUXJvEt4JWrH0YC2VViR0D0tLlpqgxs95lW9Yk7cDVhiwNMv9OOx8VxmpdCx6e-iCH7CQ5y40a6MrnO_BUej7E1kxnU6tE/s320/Regina_Duarte01.jpg" width="297" /></a></div>Sabe a diferença entre Regina Duarte e eu? Não tenho medo. Sim, muito infame essa piadinha; perdoável, no entanto, por considerar o mesmo nível do ridículo a covardia, o medinho da vida, a frescurite que confere um ar Pati ou donzela de faroeste a muitas minas por aí. Não que seja destemida de tudo, heroína, peito de aço. A tirar pelo pavor a sapos, bandidos e patins. O caso é que o desconhecido, em vez de assustar, me encanta. O escuro pode revelar uma bela paisagem ao acender do interruptor. O túnel, aquela velha luz. E o que se desconhece, algo de bom. Sim, porque o previsível não permite esperança, expectativas múltiplas, escolhas sem fim. E é disso que me queixo, de quando a gente já sabe onde os caminhos vão dar. De quando a monotonia chega mesmo antes da parte boa. Do saber da frustração vindoura, da sensação de filme assistido, figurinha repetida. Isso é que dá medo: <i>mais do mesmo</i>. Como uma amiga querida, que acabou um relacionamento infrutífero há pouco e não sabe viver sem o cara que praticamente só a deixava mal, assim como outros que o mesmo fizeram. Ela, pelo jeito, não teme a repetição, a produção em série de desgraças, o disco riscado. Talvez se sinta mais segura com o que conhece. Aquela coisa de quando a vítima se apega ao algoz com medo que venham outros cujas malvadezas desconheça. E olhe que é uma coisa <i>quase sem querer</i>. Não creio, porém, em segurança, mas em algo que nos bote pra cima, faça bem, traga luz. E, nesse caso, o que não sabemos é ouro! Pode ser tragédia, porcaria, <i>tempo perdido</i> [acho que estou usando clichês de títulos de Legião demais aqui...], mas também pode ser a melhor coisa da vida, êxtase, alegria, construção. Válido, portanto, acreditar num porvir misterioso. Porque ser/ver A Namoradinha do Brasil assustada ninguém aguenta mais. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-10497331899142782232011-01-04T23:30:00.002-03:002011-01-04T23:34:40.621-03:00Complexo de Sula Miranda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDhczLprQH4CwUKVFSRJ3bMua496QLY9lkmwdg3clo5lsQqrcR6h9Iv9XjO8Gq_PGMFJK6_HUvvUv95WMLYgnFAyZXthUymvOeGFgbBucBW0aigbZFD6SnHleCLvRe3A_M2pSs922q4bg/s1600/Caminhoneiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDhczLprQH4CwUKVFSRJ3bMua496QLY9lkmwdg3clo5lsQqrcR6h9Iv9XjO8Gq_PGMFJK6_HUvvUv95WMLYgnFAyZXthUymvOeGFgbBucBW0aigbZFD6SnHleCLvRe3A_M2pSs922q4bg/s400/Caminhoneiro.jpg" width="400" /></a></div>Daqueles assuntos de quando já tá faltando assunto na mesa feminina. Quase um jogo da verdade, com figurinhas divertidas sobre cafuçus. Contávamos peripécias da categoria Profissão. Saiu de tudo, de operador de fotocopiadora a mágico, passando por <i>puliça</i> e até bombeiro. Mas uma palavra pasmou o grupo: caminhoneiro. Ela já disse sorrindo, meio baixinho, como que a confessar somente pelo dever. Não passou batida, porém. Todas queriam saber da aventura Sula Miranda da garota, que, em vez de cobrir o rosto com as mãos, ensaiou um olhar saudoso de quem comeu e gostou (no bom sentido). Narrou o acontecido, o romantismo do rapaz, o nível alto de paixão daqueles beijos, a pegada do operário das estradas. Destacou também o respeito, a consideração, a paciência. "Coisa rara entre os cults, não?". Verdade. Logo todas se imaginaram no conforto da boleia, a ouvir Roberto Carlos, brincando com aqueles rosários e fitinhas pendurados no retrovisor. Contemplariam o grande adesivo do Cristo. Quiça o próprio crucifixo, dependendo da fé. Cada uma delas imaginou seu rosto tatuado no braço do robusto caminhoneiro, seu nome no parachoque, no meio de frases de amor. Suspiraram junto à nostálgica primeira-dama do Clube Irmão Caminhoneiro Shell. A boyzinha de Pedro e Bino. A inspiração de longas estradas. E quiseram ter estado lá.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-2208955816583203062010-12-26T00:34:00.000-03:002010-12-26T00:34:55.433-03:00Mulheres ruminantes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq05tqmOjXD5lSNXpS9ljh_JP6wpAwOcNmR5QOW8djk96MXbrXPkQOn6N-2bv02nYyKs1y-Pib2lcocnwYl2UOFqy6icxBY5RIFD35SFvrDxvDftwX4sAQ_NE31rmvvDLoPDCViIymTgg/s1600/Imagem0386.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq05tqmOjXD5lSNXpS9ljh_JP6wpAwOcNmR5QOW8djk96MXbrXPkQOn6N-2bv02nYyKs1y-Pib2lcocnwYl2UOFqy6icxBY5RIFD35SFvrDxvDftwX4sAQ_NE31rmvvDLoPDCViIymTgg/s400/Imagem0386.jpg" width="400" /></a></div>Pode guardar no bolso a piadinha óbvia de deduzir da expressão a figura vaca. Trata-se sim de pessoas que ruminam, de mulheres que ruminam algo além do capim - igualmente propício a exaustivas mastigadas -: sentimento. Era assim que ela se sentia, disse à amiga enquanto brincavam. Sim, após uma noite de vinho, Roberto Carlos, castanhas e muito chocolate, restava-lhes o desafio de montar o brinquedo novo das crianças, que, apesar de recomendado para a faixa a partir dos 5 anos, custou-lhes de 40 a 60 minutos. Era como tentar compreender aqueles homens - matos indigestos que, sabe-se lá como e por que, estavam ali nos compartimentos estomacais do coração. "- Estranho como realmente me sinto ruminar todos os amores. Posso sentir o gosto amargo agora mesmo", traduzia. Talvez por reflexo, a amiga pôde sentir certo fel nas papilas gustativas. Ruminava também mágoas de outrora e de pouco atrás, todas juntas, como formassem um musgo travoso de umbu-cajá. Devia ser o fim de ano. Ou o vinho que avinagrava depois das tantas. Sentiam-se, no entanto, empachadas mais de um sem-fim de frustrações do que qualquer alimento em demasia. Talvez fosse a hora de digerir de vez ou de botar pra fora cada rancor mal engolido, cada azia suportada, cada amor posto goela adentro. Podia ser difícil como o jogo de montar infantil. Mas havia de se conseguir, mesmo que muito tempo depois do limite recomendado para maiores de 5 anos.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-18107629065535220982010-12-19T22:21:00.001-03:002010-12-19T22:24:05.239-03:00O adeus e o por-do-sol<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig1Wena9Gz2DMkGTdb49FrgMxhb6a1ApygkeTUoGiq0jCt4StxPd0JoOEuTqGPfZgxdqOUXFQk4FN_DQOOIImbVEOUZMAA0xTchFLvqgDC3X2FHTaFccso2XuAzsdgEjtSyp1cKs-ejm0/s1600/adeus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig1Wena9Gz2DMkGTdb49FrgMxhb6a1ApygkeTUoGiq0jCt4StxPd0JoOEuTqGPfZgxdqOUXFQk4FN_DQOOIImbVEOUZMAA0xTchFLvqgDC3X2FHTaFccso2XuAzsdgEjtSyp1cKs-ejm0/s400/adeus.jpg" width="300" /></a></div>Mal lhe disse adeus, embora quisesse seguir com ele, ou mesmo aceitar o seu até logo. Se fosse um logo. Não pôde, no entanto, usufruir da dor daquela despedida. Não porque ele não soubesse que se tratava de uma, mas por causa da mania dela de sufocar. Engoliu o fim, como sorvera antes tantas vontades, mágoas, goles de um amor que não se ia. Não podia chorar aquele último ato de algo tão intangível quanto real. E, por isso mesmo, tão difícil de se esquecer. Pior seria insistir nas ilusões que se alimentavam a cada cotidiano compartilhado, cada sonho fabricado, cada doçura exalada. Perto dos açoites da realidade, elas mais do que morriam, matavam. Que explodissem dessa vez! Não podia mais ser tão feliz ao seu lado sem estar, de fato, ao seu lado; e, portanto, estar tão triste. Sentir-se tão plena nas esmolas do tempo que ele lhe doava, e tão partida a cada ausência cruel. Chegara o momento de ir, mesmo que ele nem se desse conta. Estariam ambos ainda tão perto - e os sentimentos solitários ainda tão atados àquele que a idolatrava de um jeito tão sagrado que doía...O futuro, no entanto, a chamava para outros tempos. Outros sonhos, talvez. Sabia que as tardes não teriam o mesmo gosto de vida. Mas havia chegado a hora de desvencilhar-se daquela vida alheia, que pertencia a outras tantas que não à sua. Que os dias não fossem tão cinzas sem o sol que tanto se pôs a nascer na sua janela. Que o porvir trouxesse a paz necessária a um entardecer ameno. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-33369090183403003982010-12-09T21:04:00.000-03:002010-12-09T21:04:56.937-03:00Eu ego<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirP6bydmKUuUHLf8CGAH3AsKnpWlLR-bFogvyG90xr7K20MDPyj4UQOc1qyAiE5_nfToxncJCWSNoSH5xgRjE4maCJbT9R9LLww-PnqLqlZGEzcGhfYPEXT4lPtX4_moiaIkk_sViBN-w/s1600/ego.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirP6bydmKUuUHLf8CGAH3AsKnpWlLR-bFogvyG90xr7K20MDPyj4UQOc1qyAiE5_nfToxncJCWSNoSH5xgRjE4maCJbT9R9LLww-PnqLqlZGEzcGhfYPEXT4lPtX4_moiaIkk_sViBN-w/s400/ego.gif" width="400" /></a></div>O povo diz que é coisa de gente que tá ficando velha. Mas que neguinho se garante muito mais sendo um tiquinho egoísta, isso é verdade. Nada de deixar de pensar no próximo, de ajudar os neessitados...sim, é isso: ne-ces-si-ta-dos. Dar a quem precisa é mesmo do bem. Porém pra que ficar ajudando todo mundo que não carece tanto assim? Tecla SAP: você não perde uma comemoração de aniversário dos seus 593 amigos virtuais, mesmo que te custe dinheiro pro presente, conta do bar e horas de sono. Seu ombro está sempre à disposição daqueles que acabam o relacionamento e querem morrer, mesmo quando eles reatam no dia seguinte, quando obviamente você já perdeu toda a programação antes planejada. Sempre sai da dieta para acompanhar aquele amigo na cerveja, porque ele está "precisando mesmo relaxar", sendo que a balança ri da sua cara, enquanto ele se serve, satisfeito, de sopa de ossos por aí. Corre-se o risco de parecer uma coisa Maria do Carmo (<i>Vale Tudo</i>), mas vamos lá: e o que você ganha com isso? Quem disse que, pra ser legal, é preciso sustentar vagabundo, ser usado por volúveis e inseguros de plantão, perder noites de sono e ingerir calorias a mais porque os outros coleguinhas precisam satisfazer seus desejos imediatos? Jesus é que não foi, né? Consideração? E eles estão tendo por você, que tá no vermelho, devendo até a alma (penada), se acabando de gastrite e deixando de estudar praquele concurso? Por você, que finge orgasmo pra não noiar o parceiro fraco? Ou por você que vai casar porque prometeu ao <i>bichinho</i>? Vai arrumar um lugar no Céu pelos sacrifícios feitos em prol de paspalhos mesquinhos parasitas dos infernos? Rá. Pois que seja velhice então. A ordem é priorizar pronomes e verbos em primeira pessoa. A moda é dar a egípcia nos sanguessugas de bonzinhos e distribuir alguns <i>nãos</i>. A boa é pensar se "foi bom pra você, meu bem". Mirem-se nos exemplos daquelas crianças de Atenas. De qualquer lugar. Possuem o mais saudável egoísmo, o mais puro respeito ao eu: "é meu". "eu não vou receber também, não, é?". "é minha vez de ganhar". "sou eu o melhor". Infantilizemos nosso ego. Sem soberba, mas com a satisfação do cliente garantida. Ou seu dinheiro de volta. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-86341687946559521082010-11-26T21:34:00.001-03:002010-11-26T21:39:35.497-03:00É 8 ou 80<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeJ-AEWeukY8njweJq5ahqt8EKGibVnGvE1CWQFcb8OyD3ZqEHs9gsVizidlYJPNxntGV9eSDDlwCjFktrA5AkT3G32J49WoJ6d2bYX_O0TWQ3dzh2ksFWW79J1e3Up8eAW-P3ExzW94/s1600/Seu+Lunga+devolva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeJ-AEWeukY8njweJq5ahqt8EKGibVnGvE1CWQFcb8OyD3ZqEHs9gsVizidlYJPNxntGV9eSDDlwCjFktrA5AkT3G32J49WoJ6d2bYX_O0TWQ3dzh2ksFWW79J1e3Up8eAW-P3ExzW94/s400/Seu+Lunga+devolva.jpg" width="400" /></a></div>É porque a coluna do meio sempre me angustiou. Ou pela agonia de ver minha mãe sempre partir o remédio na metade, contrariando a bula. Sei lá se também tem a ver com a mania de números pares. O fato é que o Seu Lunga que há em mim estimula a característia 8 ou 80. Aquela que chamam radical. Ou dramática. Ou impulsiva. Tem suas desvantagens ser prática. Deixamos de apreciar algumas nuances entre as dezenas que dão nome a essa expressão que qualifica as pessoas mais <i>peif-bufs</i>. Por outro lado, essa história de ficar sempre no <i>mais ou menos</i>, no<i> não sei</i> e no <i>quase lá</i> geralmente tende a ser atraso de vida. Inseguranças, dúvidas, angústias intermináveis ou mesmo demasiado uso da expressão "veja bem" definitivamente me dão a sensação de perda, ou melhor, desperdício de tempo, de palavras e de emoções. Tão melhor dar logo a real, desprezar as meias palavras e evitar enrolações, não? Claro que esse perfil de gente pode assustar, principalmente pelas escolhas sentenciais. Feito o avô de um certo carinha, conhecido, na infância, como Pedro Doido. O velho tava descendo a ladeira, no carro, com o neto, quando descobriu que o freio não funcionava. Não teve dúvidas: acelerou. "Vô, tá acelerando por quê (<i>mô véi</i>, teria dito ele se o fato ocorresse nestes nossos tempos)?". "Ah, Pedrinho, porque desgraça só presta muita". E é mermo. Antes um pé na tábua do que um pé na bunda, na cova ou no meio de qualquer coisa.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-21884106455290740802010-11-17T09:15:00.001-03:002010-11-17T09:18:00.682-03:00Homem-preá: pega, mata e come<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQO2qKe6dymkW-3HdT2CDUwklzJXTGkuEf3yjjIORntHDNyn8bReGsievyRIlzprmr0zvS23ZQ2yWZm5ApdeBY13jTJx7e86Q-odCaKncvKhQx7wNge8iwcMuznXTogylpzqQni37YAPo/s1600/pre%25C3%25A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQO2qKe6dymkW-3HdT2CDUwklzJXTGkuEf3yjjIORntHDNyn8bReGsievyRIlzprmr0zvS23ZQ2yWZm5ApdeBY13jTJx7e86Q-odCaKncvKhQx7wNge8iwcMuznXTogylpzqQni37YAPo/s400/pre%25C3%25A1.jpg" width="350" /></a></div>Era um papo ameno, daqueles de hora do almoço, mas a mesa se calou diante da revelação que se dera por meio de conversa paralela na ponta esquerda. "Pois eu já matei, tratei e comi um preá na infância". Teria sido mais uma história de pescador (ou de caçador), não fosse o tom despretensioso do rapaz. As moçoilas logo se interessaram pela história, e, ao final, conferiram-no o diploma de macho. Os outros riram, e até contaram causos parecidos, mas o fato que não compreendem é como a macheza se configura sutil. Ao contrário do que pensam alguns aspirantes a homem com H, a maiúscula não está em ferramentas físicas (que - algumas vezes - deve frustrá-los tanto que tentam se valer de outros valores...que raramente possuem também. Vide post futuro sobre "o fino" da bossa). Cafucices dignas mesmo são essas coisas que só homens teriam coragem de fazer, e o fazem naturalmente, sem querer forçar ou impressionar. Algumas malvadezinhas na infância, aventuras no melhor estilo Indiana Jones, histórias do Quartel, bobagens risíveis que contam entre amigos. Pena que, na tentativa de parecerem o Macho Alfa, muitos espécimes forçam um ar de machão ou com atitudes grosseiras ou nos comentários machistas ou simplesmente arrotando aos gorilas afins o quanto são bons de cama e quantas mulheres eles podem pegar. Coincidentemente, os melhores exemplares - em todos os sentidos - são Hs de nascença, de dignidade e de sabedoria. Esses não precisam provar, postar fotos com mulheres e bonecas infálveis para dar satisfação à sociedade de sua capacidade de conquistar (e manter!) alguém. Os outros riem de lado, e voltam à sua vida de verdade. As mulheres "true" agradecem. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-16471833355224222762010-11-09T17:35:00.002-03:002010-11-09T21:15:07.801-03:00Ele(s) e a(s) periguete(s)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg14GibKXIGimrmvG_nahOOVKWabg9dGq7JAcXF92QqVsvVkXTulSqLcSFshS4m5j1al5YlpjlwFxBJZ_lRgCXoe_SXW0RDmusi_SVhWCc0lIB0sPPfzaceaJy_v1yUGw5pWGG0BvjWRDY/s1600/anjo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg14GibKXIGimrmvG_nahOOVKWabg9dGq7JAcXF92QqVsvVkXTulSqLcSFshS4m5j1al5YlpjlwFxBJZ_lRgCXoe_SXW0RDmusi_SVhWCc0lIB0sPPfzaceaJy_v1yUGw5pWGG0BvjWRDY/s400/anjo.jpg" width="400" /></a></div>Mal se acaba de rir do gosto de um amigo pelo que chamamos de <i>xamboqueiras</i> - vulgo carne que quinta, sem relações com classes sociais, cor de pele ou clafissificações do tipo, please - observa-se, no ciberespaço (sempre ele, maldito!), mais um episódio da novela <i>Eu gosto mesmo é de periguete</i>. O galã?(????): criatura amigável reprodutora do discurso "Não priorizo o sexo, pois já tive relações fracassadas baseadas nisso. Quero mesmo conhecer a pessoa primeiro". A moçoila? Periguete das boas, no melhor estilo "faz de conta que sou pra casar". Pois, pois. Assim como o rio corre pro mar, a vaca pro brejo e o arroz pro feijão, os rapazes interessados na pureza feminina - para contrabalançar sua safadeza pesada, claro - sempre acabam descambando para as periguetes. E é incrível como acreditam ter encontrado a virgem imaculada ou ente afim. Somente após uma penca de galhas, chega a dor da (quase) realidade, afinal, ele ainda terá certeza de que a culpa foi dele. Pobres galãs, que acreditam estar fazendo as escolhas certas, ao desprezarem essas meninas modernosas - que só pensam em sexo, vejam só! - para dar vez às periguetes com asas de anjo e fogo na bacurinha. Mas santa mesmo é a ignorância! E que se divirtam com a música de Chico Buarque:<br />
<br />
<b>Sob medida</b><br />
<br />
Se você crê em Deus<br />
Erga as mão para os céus<br />
E agradeça<br />
Quando me cobiçou<br />
Sem querer acertou<br />
Na cabeça<br />
Eu sou sua alma gêmea<br />
Sou sua fêmea<br />
Seu par, sua irmã<br />
Eu sou seu incesto<br />
Sou igual a você<br />
Eu nasci pra você<br />
Eu não presto<br />
Eu não presto<br />
Traiçoeira e vulgar<br />
Sou sem nome e sem lar<br />
Sou aquela<br />
Eu sou filha da rua<br />
Eu sou cria da sua costela<br />
Sou bandida<br />
Sou solta na vida<br />
E sob medida<br />
Pros carinhos seus<br />
Meu amigo<br />
Se ajeite comigo<br />
E dê graças a Deus<br />
Se você crê em Deus<br />
Encaminhe pros céus<br />
Uma prece<br />
E agradeça ao Senhor<br />
Você tem o amor que mereceRenatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-47607036012604782272010-11-07T22:28:00.001-03:002010-11-07T22:29:32.367-03:00Ambiciosa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44nTP6UG31ka2dkPzLTeeiQYSBwdU5N827gMRjTEo0Xhnagsozd4NBVlQRPAjr6humkkrMY3A2SD_1dk72nacOIDVR83IwEKJZj4p9URIGU-Ze41b8xtV9cJ6KJIYSBWYRWi6UYeEsuU/s1600/deuses.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44nTP6UG31ka2dkPzLTeeiQYSBwdU5N827gMRjTEo0Xhnagsozd4NBVlQRPAjr6humkkrMY3A2SD_1dk72nacOIDVR83IwEKJZj4p9URIGU-Ze41b8xtV9cJ6KJIYSBWYRWi6UYeEsuU/s400/deuses.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Bookman Old Style; font-size: small;">Para aqueles fantasmas que passaram,<br />
Vagabundos a quem jurei amar,<br />
Nunca os meus braços lânguidos traçaram<br />
O vôo dum gesto para os alcançar...</span></div><div></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Bookman Old Style; font-size: small;">Se as minhas mãos em garra se cravaram<br />
Sobre um amor em sangue a palpitar...<br />
- Quantas panteras bárbaras mataram<br />
Só pelo raro gosto de matar!</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Bookman Old Style; font-size: small;">Minha alma é como a pedra funerária<br />
Erguida na montanha solitária<br />
Interrogando a vibração dos céus!</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Bookman Old Style; font-size: small;">O amor dum homem? - Terra tão pisada!<br />
Gota de chuva ao vento baloiçada...<br />
Um homem? - Quando eu sonho o amor dum deus!...</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Bookman Old Style; font-size: small;">(Florbela Espanca) </span></div>Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-32768305731725387892010-11-01T21:55:00.001-03:002010-11-01T21:57:23.864-03:00A gente acaba perdendo o que já conquistou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mGzBnbeGyd_SeVWW4KnYiHQhc_7znFEOwkD44yCecXpq8xHM4jGDNhmo8SKkRSHFfC8fiXkhLGQ6spLqUflv12xieJ1XH6HkssCUCVLjG2ZhT41QRwjLBY1OiFeoZgAwhGO8NmgNgaA/s1600/ditadura.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mGzBnbeGyd_SeVWW4KnYiHQhc_7znFEOwkD44yCecXpq8xHM4jGDNhmo8SKkRSHFfC8fiXkhLGQ6spLqUflv12xieJ1XH6HkssCUCVLjG2ZhT41QRwjLBY1OiFeoZgAwhGO8NmgNgaA/s320/ditadura.gif" width="320" /></a></div>É triste mesmo assim. Comemora-se vitória política significativa e indispensável à evolução de uma nação e, ao mesmo tempo, chora-se pelos que ficaram no caminho. Não os que foram com os anéis, mas aqueles que escorreram por entre os dedos. Por mais que os ânimos estivessem acirrados, quando dos momentos de discussões construtivas acerca de porquês e destinos que permeiam um povo historicamente oprimido - e que, aos poucos, tem conseguido se libertar das velhas correntes físicas e ideológicas -, muito podia ter sido calado. O fato é que não se trata de opiniões distintas sobre gostos, músicas preferidas, times de futebol. São os mais sinceros valores que se mostram em momentos decisivos. E, por mais que se respeitem as diferenças, alguns laços - talvez frágeis desde o início, mas disfarçados por cores cintilantes - se rompem efetivamente. Murros na mesa, frases grosseiras, provocações no ciberespaço...tudo muito feio. Como voltar à mesma mesa com ela? Ou encarar as sessões de cinema ao lado dele? Velhos amigos, de muitos anos atrás...Mas vale tudo pelo ideário político? Ou vale tudo pela amizade consolidada? Penso que temos de refletir sobre nossas posturas sim...mas, por outro lado, é relevante observar os discursos reproduzidos por aqueles que, por amarmos, parecem-nos semelhantes. Talvez o problema esteja aí: procuramos as semelhanças e fechamos os olhos para as diferenças. Essas construções costumam ruir em situações-limite. Mas as fotos não as rasguemos. Calibremos, portanto, nossos limites. Ampliemos a faixa da nossa tolerância. Ou sejamos apenas menos amigos do nosso orgulho ferido.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-28239246044624508132010-10-04T22:47:00.001-03:002010-10-04T22:56:12.530-03:00Bote fé e diga Dilma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM6Stfo8zHKQydSDYgxupiug7Wj3U7Wt61Lu28lMAmifrQQCliQDz0wa4c3dG4cfEH-10y55AXPk49FCHYBbM2Spit4DegueDQOoyhLnSjxxEAgXt-qbMm-3ZMqM74FY4cXH5AMwOTArc/s1600/lua-e-dilma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM6Stfo8zHKQydSDYgxupiug7Wj3U7Wt61Lu28lMAmifrQQCliQDz0wa4c3dG4cfEH-10y55AXPk49FCHYBbM2Spit4DegueDQOoyhLnSjxxEAgXt-qbMm-3ZMqM74FY4cXH5AMwOTArc/s320/lua-e-dilma.jpg" width="300" /></a></div>Nem vai ser aquela argumentação enfadonha. Nem desabafos típicos da época. Respeitadas as opções e opiniões, venho, por meio deste, reafirmar meu apoio à presidente Dilma. É verdade que ela não veio de um pau-de-arara. Nem tem um discurso altamente eloquente e apaixonado. Que não faz as gracinhas já conhecidas e admiradas pelo mundo. É verdade que Dilma não é Lula. E já estamos sofrendo a dor da separação. Um sentimento de perda antecipado. Um morrer de véspera. O herói nacional se despede. E não digerimos muito bem qualquer substituto que se atreva à tarefa. Mas o fato é que ela existe. E, embora não tenha aquelas barrocas e a barba branca, é uma guerreira, tem pulso para comandar o Brasil e está disposta não a repetir o Governo Lula, mas a levar adiante esse projeto "nunca antes visto na história deste país". Dilma não é o anticristo, como covardemente vem sendo pintada por ignorantes hipócritas ditos cristãos. Nem é a candidata fraca do PT, partido do qual muita gente tem vergonha de admitir pelas acusações mentirosas feitas pela imprensa maldita. Deixar de votar em Dilma, cujo plano de governo é a continuidade do vitorioso modelo Lula (precisa dizer por quê?) por achar que está fazendo bem à democracia pela criação de uma terceira via ou coisa do tipo é dar a chance de o passado sofrido, corrupto, privatizável e elitista governar novamente. Retrocesso. O mundo se abriu para o Brasil, a educação teve avanços admiráveis, o enfrentamento ao FMI e o fortalecimento econômico são incontestáveis. Cadê Regina Duarte? Digo-lhe que hoje eu tenho medo. Do passado. De Serra. E de quem reproduz a Alegoria da Caverna...quem viu a luz será derrotado pelos que insistem no escuro? Espero que não. Que venha Dilma, aquela que será a mulher mais poderosa do mundo, segundo o The Independent, ou a mãe do Brasil, como sugeriu nosso querido Lula. É só você querer/ que amanhã assim será / Bote fé e diga Dilma!Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-87732043817418615842010-09-21T23:07:00.000-03:002010-09-21T23:07:29.173-03:00O Bem contra o Mal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkkbxCjxaCBB_POTZsrNV-HkLNKG1S7Gkgg8KeSMvrGuD_35BQMV9Pk9qOdr9syGI88U8-1xmbUhVa8pQcWMVUzk9DpDIeJtylfu3R7x5pHO95vCshUIsv1KGHMjphytSwKi3WfXoP0rE/s1600/shera_shera.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="327" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkkbxCjxaCBB_POTZsrNV-HkLNKG1S7Gkgg8KeSMvrGuD_35BQMV9Pk9qOdr9syGI88U8-1xmbUhVa8pQcWMVUzk9DpDIeJtylfu3R7x5pHO95vCshUIsv1KGHMjphytSwKi3WfXoP0rE/s400/shera_shera.jpg" width="400" /></a></div>Acho que agora entendo porque deixei de me emocionar com filmes, gibis e músicas sobre super-heróis. Sim, talvez porque eles não existam também. Mas porque acreditar nessa coisa do bem que sempre vence o mal era questão de fé. A do He-Man era hino: "Eu tenho a força/Sou invencível/Vamos, amigos/Unidos venceremos a semente do Mal". A do Thundercats arrepiava: "Mas só quem luta pelo Bem é invencível/A chama da justiça nunca vai se apagaaar". À medida que o mundo tornava-se mais cão, ficava difícil esperar pelo Gato Guerreiro ou o sinal da espada de Lion. E olhe que perder a fé na justiça é enterrar outras grandiosidades cósmicas como a felicidade, a paz e até Deus. Pagar o mal com o bem, amar os inimigos, entender que o Universo conspira a favor de quem é bom - nada fácil em tempos de canalhice, impunidade e mau-caratismo. Até que você olha direitinho ao redor. E pensa grande (como Pink Dink Doo). Esgotadas as esperanças e as lágrimas, eis que emerge de dentro do mar sangrento do seu coração a velha fé. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá? No que virá, por favor. Sem limão e com gelo. Não é que, de fato, as coisas costumam ficar legais no final quando a criatura possui algum mérito? E que os malvados favoritos dos infernos só se fodem Brasil em alguma (tarda, mas não falha) hora? No fundo, não vale a pena tentar entender a tal justiça nestas bandas de cá deste planetinha-guri como fosse uma historinha da Liga. No entanto, perder a esperança no que há de bom seria o fim. E, para encarar as coisas com a simplicidade que elas demandam, há que se fazer pequena escolha: ou você é do Bem ou é do Mal. Diga logo. E haja como tal. Não se reprima, não seja geminiano ou libriano ou bipolar demais. É o fim do relativismo, do situacionismo ladrão e da liberdade de emoções. Agora é pa-pum, pei-buf, diabinho ou anjinho nos ouvidos. Se ser bonzinho só faz da gente vítima da Horda, chama a galera do Bem, os poderes de Grayskull ou o Robin. Ao menos um Chapolim Colorado vai aparecer (não é possível!). Ser enganado, traído, caluniado ou o que for pode não ser o fim da guerra se der pra baixar o Gandhi ou ouvir um dos mantras de Legião - "É o Bem contra o Mal/ E você de que lado está?/ Estou do lado do Bem/ Com a luz e com os anjooos". Afinal, como convenceremos nossos filhos a não migrar para o lado negro da força? Quanto ao Mal, chuta, que é macumba! Pow! Bum! Soc! Puft!Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-62460654249696586322010-09-15T21:35:00.000-03:002010-09-15T21:35:28.710-03:00Casados carentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgkbREoHsDRkh07-s6-fRm4z-JkSmVGyJNVNqp3iPq3qWGsmb2EadD3EsYReKkeKTteEfsOWdUZr9o-p6fb_7Q5_1w5TbWc598dNfilK0QBCofmIpqH9NpzUAhRq0HRJWu0OZF_nddV4/s1600/homem-infiel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgkbREoHsDRkh07-s6-fRm4z-JkSmVGyJNVNqp3iPq3qWGsmb2EadD3EsYReKkeKTteEfsOWdUZr9o-p6fb_7Q5_1w5TbWc598dNfilK0QBCofmIpqH9NpzUAhRq0HRJWu0OZF_nddV4/s400/homem-infiel.jpg" width="400" /></a></div><br />
Não poderia escrever melhor sobre as pessoas infiéis, infelizes ou apenas confusas nos relacionamentos. Vale muito! <a href="http://migre.me/1j9kd">http://migre.me/1j9kd</a>Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-79473370087627413992010-09-10T17:09:00.001-03:002010-09-10T17:12:28.428-03:00Uma questão de dureza<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixoS6MuzDS9SqQdcQSChELjZKC1WWqKGjzPXk6RFJV8TPinA5b0k2baUC_XBvJzgKy9BIGTdcfWjHgYHT_6VQYcbIqtwmRJOWufUVLGOsSN0xd-77LTYe4oGyHAO28ekPMEG_yh0jEdzk/s1600/cama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixoS6MuzDS9SqQdcQSChELjZKC1WWqKGjzPXk6RFJV8TPinA5b0k2baUC_XBvJzgKy9BIGTdcfWjHgYHT_6VQYcbIqtwmRJOWufUVLGOsSN0xd-77LTYe4oGyHAO28ekPMEG_yh0jEdzk/s400/cama.jpg" width="397" /></a></div>Daquelas comédias da vida privada. Da vida como ela é. Dos retratos do cotidiano ou qualquer outro tipo de plágio da vida real e do romance já manjado na literatura. Regina e Walmir eram um casal morno. Aliás, não podiam se considerar um casal, uma vez que eram práticos demais para tanto. Ele por alimentar nela apenas mais uma de suas criações fantasiosas do ideal de mulher - que, claro, sempre pendiam para uma projeção das prostitutas francesas classudas misturadas com as mulheres intelectuais dos botequins comunistas. Ela por se aproveitar da companhia pacata e quase sempre previsível. Homens previsíveis têm seu encanto: você sabe bem o que esperar e até onde ir. O fato é que insistiam, por algum motivo, naquela mesma fantasia falida: ele não resistia aos seus encantos; ela cedia para renovar a cútis. Até aquele domingo, pé de cachimbo. O touro é valente, bate na gente. O buraco foi fundo. Lençois intactos a partir de então. Rejeitado, Walmir logo pôs a culpa na fila de pretendentes, de A a Z, que Regina deveria ter aos seus pés. Afinal, para que ela não quisesse mais sustentar aquele romance de quinta, só poderia ter outros na jogada. De fato, a moça tinha lá seu fã-clube, embora preferisse escolher cautelosamente seus pares. Até escolhia demais, ao ponto de ser taxada de pudica, frígida e até sapatão. Por isso escolhera o velho amigo Walmir, o digno, o bom, o grande. Sim, era bem esse o problema na verdade. Não o fato de ser bom, ou grande, se é que vocês me entendem. Mas Regina era lúcida demais para se valer de anatomia. Era preciso dureza de caráter. Firmeza de postura. Rigidez de atitude. Walmir falhara não só na virilidade, mas no que importava mais, no respeito à parceria cênica da velha estrada. E fecharam-se as cortinas. E o palco se quedou mais morno. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-54376522964628043572010-09-05T17:34:00.003-03:002010-09-07T21:03:34.165-03:00Com açúcar, com afeto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJPAoH0dRpyj13NkCIn-No8Qs9W7411vKOwVrHf6F2SnfAKvcyp4nh5sUmtwrCAAlzweuZC6pCuW7DALa-WL-jVO3shyphenhyphenzcjUeMdUhG9YURfxIHoVnzBouWmiBd6pdIQUnR5DvhgCBwOXY/s1600/que-docinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJPAoH0dRpyj13NkCIn-No8Qs9W7411vKOwVrHf6F2SnfAKvcyp4nh5sUmtwrCAAlzweuZC6pCuW7DALa-WL-jVO3shyphenhyphenzcjUeMdUhG9YURfxIHoVnzBouWmiBd6pdIQUnR5DvhgCBwOXY/s400/que-docinho.jpg" width="400" /></a></div>Naquela noite olhou-se com espanto ao voltar para casa. Sentia-se diferente não por grandes novidades, mas por reconhecer sentimentos de que havia se esquecido. Até sorriu de um jeito envergonhado - como se ainda pudesse tocar o rubor da meninice com dedos sem anéis. Ele era um menino. Nunca gostara de rapazes mais novos - ou tão mais novos - pela associação com a imaturidade. Talvez até tivesse talento para cuidar no passado, quando o instinto maternal era latente e carente. Não pretendia se envolver com alguém numa fase tão calma quanto conturbada. Tempo, disposição e até vontade eram artigos em falta no seu estoque cotidiano. Todavia aquele rapaz que começava a viver a fase adulta, para o qual jamais olharia nas caminhadas pelas calçadas - embora fosse um carinha atraente -, provocou-lhe um sorriso fácil e um pouco de reflexão. Ele a desejava e a fez perceber muito claramente seu afeto naquela noite inocente. Não foi um encontro, mas o reencontro daquela mulher com o que lhe restava de doçura. Um homem que não lhe pedia nada, que não tentava satisfazer desejos simples ou exibir-lhe como troféu ou fazê-la doentiamente de bengala para seus males. Ou mesmo um homem sem aliança, que não a queria como complemento dos atributos que sua noiva ou esposa não possuíam. Sem preconceitos que podiam impedi-lo de se envolver com uma mulher mais velha e com família. Enfim, descobriu-se frente a sutilezas que acreditava perdidas no passado de ilusões, quando ainda acreditava em machos-alfa, Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Ele queria estar ao seu lado, e não tinha o menor pudor em demonstrar isso. E o brilho naqueles jovens olhos talvez tenham contagiado os seus, que, há muito, nem marejavam. Talvez nem devesse dar alguma esperança ao rapaz. Mas ele tinha de saber que seu afeto a fizera menos amarga, com uma boa dose de açúcar. Foi dormir com o coração 10 anos mais leve.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-46414272877933686902010-08-26T23:18:00.001-03:002010-08-26T23:23:27.468-03:00Sobre realidades e bobagens<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJZdAa4_XTrtwJp34P5V-5NhR6Q6-LHMJdA6qc2iagYPRR1lF8dQkJ9ExGJa8C5b9RfgQDFSwQz0VvqaBirVBppzEK-N2aialABClc8wao9ZTmfPHSjFYe_xX6yodVG4HrTTVwAMz7aYY/s1600/jack.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJZdAa4_XTrtwJp34P5V-5NhR6Q6-LHMJdA6qc2iagYPRR1lF8dQkJ9ExGJa8C5b9RfgQDFSwQz0VvqaBirVBppzEK-N2aialABClc8wao9ZTmfPHSjFYe_xX6yodVG4HrTTVwAMz7aYY/s400/jack.jpg" width="400" /></a></div>Era bem daqueles filmes que só passam em canal marromeno de TV a cabo. Dos que duram umas três horas só pela quantidade absurda de intervalos comerciais - sempre repetidos. Mas aquela história da mulher atordoada dentro de realidades paralelas - ou diferentes destinos -, que complicavam de acordo com a caixinha de música do diabo - pode rir! -, me fez lembrar de como somos tantos. Não todos nós, assim em número absoluto, ou naquele papo de um por todos e todos por um, mas pela reflexão de que cada um de nós vive um montão de vidas e desempenha papéis múltiplos e até opostos. Nada de <i>Matrix</i>, <i>A origem</i> ou psicodrama. Nem é disso que falo. Mas de como os pequenos intervalos de lucidez de que gozamos - podiam ser pra sempre - nos abrem os olhos para o fato de que nos iludimos um tantão em cada momento, do estilo estético às profundezas do self. Indício: aquelas lembranças que te dão vergonha, que você não consegue compreender como pôde fazer ou sentir aquilo. "Como aconteceu?". Se for fundo, a gente vai sacando o quanto somos idiotamente mutantes, dissimulados conosco mesmos. E como alimentamos ideias burras frente ao espelho. A pessoa constroi uma autoimagem altamente distorcida, faz um monte de bagaceira e ainda acha incrível como teve capacidade de agir de tal forma. Nos raros surtos de lucidez, vamos aprendendo o beabá da gente, o mandamento de Sócrates de autoconhecimento, e nos deparamos com fraquezas antes inconcebíveis. Quase todas, inclusive, que gostamos de apontar nos outros, como autoestima problemática, insegurança, blablabla. E nem temos o poder da caixinha de música. Mas, na dúvida sobre o que é real, pode-se quebrar uns espelhos, dar-se uns beliscões ou incorporar de vez os papéis de protagonistas - no palco, no picadeiro ou na tela medíocre da TV.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-82139476102166832352010-08-11T12:42:00.002-03:002010-08-11T12:44:50.236-03:00Homem fraco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvTqFqZnvOzs9x3k1h70zxkc823xqsXVbVGNyPCnbj_ZTcdqATh4dihEwI3hP0LQqqesdEUnyeyZhbZVaTu-LvOueeuy3M5Jw42j1uATpeARGdRV5_iLGrm2tGdIvdXM5wnE9mUu1mz00/s1600/fraco.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvTqFqZnvOzs9x3k1h70zxkc823xqsXVbVGNyPCnbj_ZTcdqATh4dihEwI3hP0LQqqesdEUnyeyZhbZVaTu-LvOueeuy3M5Jw42j1uATpeARGdRV5_iLGrm2tGdIvdXM5wnE9mUu1mz00/s320/fraco.png" width="320" /></a></div>Nem sei assim tão bem, mas supus que aquele fosse um dos piores adjetivos que se podia atribuir a um homem: fraco. Queríamos apenas rotular, de forma prática, aquela criatura de quem falávamos, meio sem querer, dentro de uma conversa sobre um mau elemento causador de depressão feminina pós-caso. Esse último não poderia ser chamado daquela forma categórica, uma vez que seus efeitos eram fortes e devastadores - a ver as quatro vítimas conhecidas e seu estado digno de compaixão após o fim do que, na verdade, ele nunca começara. Mas o outro, coitado, nem pela obra do mal podia ser qualificado. Era mesmo um fraco. Talvez fracassado seja até um status mais grave, uma vez que significa derrotado, vencido. Todavia o selo de fraco está associado à ausência de uma série de atributos e comportamentos que os homens <strike>acham que</strike> devem ter para serem dignos do H. Lembra até aqueles critérios do ISO, de que a empresa tem que se apropriar para levar a tarja. Seria até importante para as donzelas desavisadas o selinho lá: "ISO 2010F - certificado de fraco". A pessoa não perderia tempo com quem tem pouco a oferecer, na performance e no caráter, e procuraria as empresas concorrentes e com algum mérito. É como diz um amigo cafuçu: "um homem é um homem, um coelho é um coelho e um rato é um rato". Nunca entendi bem qual a do coelho, mas ele bem deve querer se referir ao tipinho ISO.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-54600522251456512792010-07-29T21:06:00.001-03:002010-07-29T21:09:03.979-03:00Como pegar mulher pra valer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio0WZ_oL74YkPCSeS4Ms4Cw-STJPFRFce-MPwanUrytSvOKlGtqoiVMq1gBz1KtAZ7e3yP6OQ7AxYCLXm4_FfQNVbVTV7G9t5mS7W7Nwgu4KSs4vyasIm-PKNvXXvK4Bj2P6JDPlvVuP0/s1600/sawyer_mens_health.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio0WZ_oL74YkPCSeS4Ms4Cw-STJPFRFce-MPwanUrytSvOKlGtqoiVMq1gBz1KtAZ7e3yP6OQ7AxYCLXm4_FfQNVbVTV7G9t5mS7W7Nwgu4KSs4vyasIm-PKNvXXvK4Bj2P6JDPlvVuP0/s400/sawyer_mens_health.jpg" width="302" /></a></div>"Deixe-a doida de tesão e tenha sexo o ano todo", "Seja o cara da cama dela", " Ela será sua em 3 minutos". Ler manchetes de revistas masculinas, na fila do supermercado, me fez lembrar dos velhos tempos de pré-adolescência, quando as revistas <i>Querida</i>, <i>Carícia</i> e <i>Capricho</i> nos iniciavam na vida sexual antes mesmo dos primeiros namoradinhos. As mães compravam por insistência nossa, mas nem imaginavam quantas vezes se repetiam palavras como pênis, sexo oral e lubrificação a cada edição. Assim como nós, amadureceram certamente as editoras daquelas publicações, que devem ter assumido a direção de revistas como <i>Nova</i>, que, na sala de espera das clínicas, nos fazem ruborizar com as putarias do tipo Amiga X (ex: <i>Uma Amiga X minha pegou a vizinha transando loucamente com o jardineiro na garagem, e teve vontade de participar da cena</i>. Ou mais diretas como: <i>Fiz sexo anal com o amigo do meu filho, e fiquei viciada. Como meu marido viaja muito, acabei recorrendo a garotos de programa e não sei mais como parar</i>). O fato é que, diferentemente de tempos pretéritos, quando os homens não consumiam esse tipo de literatura, afinal, não precisavam aprender nada, pois eram macho-chôs, revistas como a <i>Men's Health</i> têm sido livro de cabeceira de muitos marmanjos. Descobri até que dois amigos assinam a danada! Desafiada por eles a dar umas folheadas nas edições, a fim de meter o pau (eu, claro) no suposto conteúdo machista e fútil, fui tomada de assalto com a boa sacada do material. É verdade que as chamadas de capa denunciam um donzelismo terrível. Mas as matérias, muitas escritas por mulheres, até que acertam direitinho nas dicas. Analisando melhor, é até bom que os garotões - donzelos ou sabichões - aprendam umas coisinhas e parem de insistir nos antigos truques abomináveis que julgam infalíveis. E nem são aqueles conselhos do tipo "ligue no dia seguinte" ou "descubra do que ela gosta". Talvez haja ali alguma coisa importante para os que pecam por falta de conhecimento ou estratégias erradas. Se reclamavam que mulher não vem com manual de instrução, agora podem se valer da bula e mandar ver na posologia. Mas <strike> comam</strike> leiam com moderação, lógico.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-72850099165280832882010-07-15T18:06:00.001-03:002010-07-15T18:07:27.309-03:00Da aurora da vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ1t1rzVfB7Gknp3ibJvjFSKx8L564nAvpbt3ehqh6j005mG8ptaDTlmlWu8rXR2vm-oIWLmCEfdhqxaVbVM0fWVroS6udJ-q8GA0s4-NL7FpnYPIJ7T3xSMpmOdUEosy2VX0MeqJtPoo/s1600/amigos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="331" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ1t1rzVfB7Gknp3ibJvjFSKx8L564nAvpbt3ehqh6j005mG8ptaDTlmlWu8rXR2vm-oIWLmCEfdhqxaVbVM0fWVroS6udJ-q8GA0s4-NL7FpnYPIJ7T3xSMpmOdUEosy2VX0MeqJtPoo/s400/amigos.jpg" width="400" /></a></div>Amigo de infância é coisa pra se guardar debaixo de oito, nove, dez chaves, não? Afinal, carrega pedaço único nosso, o passado feliz, com a inocência perdida e a fé nas coisas simples. São laços firmes, mas não implicam parceria. Digo, não é incrível como seguimos caminhos distintos e, vez por outra, pensamos por que não mantivemos contato? Culpa das mazelas rotineiras? Chatice nossa? Esquecimento alheio? Talvez amizade e afinidade não sejam mesmo sinônimos. Atados os nós - que seguem assim desde os tempos em que éramos quase gente -, fica o sentimento bom, a prontidão para doar ombro, sangue ou qualquer préstimo ao amigo de velhos tempos. Mas não são necessariamente companheiros inseparáveis, daqueles que nos fazem falta até em poucos dias de distância. Podem existir amigos de infância companheiros. Mas não precisamos nos frustrar se os dois status não vierem juntos. Até porque não teria graça conviver o tempo todo com o passado. Ou deixar de receber e-mails, cartas saudosas e fotos antigas. Bom que seja assim. Mesmo esquecendo a canção. Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7629088541834352685.post-75537748958254782102010-07-09T22:04:00.003-03:002010-07-09T22:08:56.303-03:00Síndrome de Kaká<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw6bHY4EMORDt7tn7G65MwPQbji7Z_0TIKhV7GPbmshElfo2YBTlzPuhAULUI7RrPHZfbgeDlYrFKaFZZsZJpYinT52RWczj21DopHmeu5IW3niBm9rK30h6ZoY8VopiSfn9ks7SzciwA/s1600/kak%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw6bHY4EMORDt7tn7G65MwPQbji7Z_0TIKhV7GPbmshElfo2YBTlzPuhAULUI7RrPHZfbgeDlYrFKaFZZsZJpYinT52RWczj21DopHmeu5IW3niBm9rK30h6ZoY8VopiSfn9ks7SzciwA/s320/kak%C3%A1.jpg" width="320" /></a></div><br />
- Quanto tempo! Como vão as coisas com aquele rapaz?<br />
<br />
- Abuso. Comecei a perceber tanto defeito, tanta covardia! Na verdade, fiquei agora egoísta. Qualquer coisa que me dê um pouquinho mais de trabalho (incluindo homens), eu tô dispensando.<br />
<br />
- Eu também estou tão blasé. Tô me achando a última coca-cola do deserto. Não quero mais nada mais ou menos.<br />
<br />
- E aquele teu amigo, que tu achava Macho Alfa?<br />
<br />
- Quê? Passado o deslumbre, começo a ver que se trata de mais um metido a merda. Ele se acha o galã, o bom partido.<br />
<br />
- Bom partido? Ele tem que ralar muito pra chegar lá. Bom partido é aquela unanimidade, que você admira pela inteligência e pela integridade. Ele é metido por quê? Bonitinho, inteligência mediana que se sobressai pelo convívio com inteligências inferiores. O tipo de pessoa mediana.<br />
<br />
- Pior. É hipócrita.Vangloria-se da imagem de bom moço, fiel, religioso, caridoso. Quando, na verdade, é safado, não pode ver um rabo de saia, e não contribui muito com as causas que prega.<br />
<br />
- E o marido da nossa amiga, que voltou a beber e esqueceu as responsabilidades de pai? Ela saiu ontem de casa com o menino, que nem tem um ano.<br />
<br />
- E o da outra a deixou cuidar sozinha da filha, que exige cuidados especiais, para raparigar, esta semana.<br />
<br />
- E todos esses bancavam os bons partidos, não? Os melhores, pelos quais as mulheres deveriam agradecer todos os dias.<br />
<br />
- Sinceramente, eles são como um time. Como a seleção brasileira, que, depois dos holofotes e do show mundial, voltam às origens fracassados. E, ainda por cima, sofrem da Síndrome de Kaká. Religiosos ou não, posam de bons moços, quando, na verdade, são uns dissimulados.<br />
<br />
- E ainda fazem a linha família. Mas só amam a si mesmos. O próprio umbigo, que julgam perfeito.<br />
<br />
- Ah, coitado de Kaká! Ser comparado a esses bostas...<br />
<br />
- É mesmo. O crime de Kaká é dizer "puta que pariu!". Os desse time não caberiam num palavrão.<br />
<br />
- E eles nem teriam competência para chegar às Quartas de Final.Renatinhahttp://www.blogger.com/profile/01295909706422269890noreply@blogger.com3