8 de agosto de 2007

Terça Insana Parte II - As drogas e as verdades

É fato sabido e batido que a pessoa que vos fala, junto com dois amigos, fundou a comunidade A bebida entra e a verdade sai no orkut, há uns aninhos, dada a relevância dessa premissa para nossas vidas (vide historinhas narradas desavergonhadamente nos primeiros tópicos da comuna). Falávamos, contudo, apenas da drogazinha lícita mais filha da puta, que é o álcool. Ô bichinho pra fazer a cabeça e provocar a vontade incontrolável de falar, confessar, difundir e praticar! Não imaginávamos nós, quando nos divertíamos com as histórias via orkut, que os piores bafões estariam por vir a partir do uso de outras drogas. Não que já não tivéssemos experimentado algumas delas. Só que acontecimentos recentes nos mostraram como é dura a vida de junkie. Uma amiga, por exemplo, inventou de dar uma bola, certa terça-feira à noite, depois de cervejas daquelas que caem beeeem direitinho no cabeção. A massa também devia ser da boa, visto que a mocinha ficou lelé. A bicha falava sem parar, gesticulava, sacodia os cabelos e não parava de citar. Sim, as citações foram a melhor parte. No começo da noite, foi Ary Barroso: "risque meu nome do seu caderno...". No fim, Renato Russo baixou e tudo parecia à garota um questionamento para o oráculo legionário responder. "Rá, mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo". "O quê? Pois você deveria saber que a ignorância é vizinha da maldade!". "Já estou cheio de me sentir vazio; meu corpo é quente e estou sentindo frio"...No auge do brilho, ela puxava as músicas, muito bem acompanhadas pela voz embriagada vinda de mim e de outra amiga (deixando chocada a turma "u-hu" de Olinda, até os mais "podescrê", que jamais admitiriam gostar de algo tão adolescentemente nostálgico como Legião. Pois eu gosto mesmo e, pra mim, infantil e adola é essa coisa blasé de "gosto do que quem é cult gosta". pfff). Mas nossa amiga não estava satisfeita; a lombra era tamanha que, certa hora da noitada, a emoção lhe possuiu de tal forma que a única coisa que saiu de sua boca (ou de sua alma) foi: "ah, dá vontade até de falar da vida dos meus antepassados!". Eu ri bastante, sem saber que seria a próxima vítima das drogas "pesadas". Apavorada com o fato de que minha honra poderia estar ficando incompatível com a bebida, descobri que a fluoxetina me estava causando os bafões recentes. E eu lembrava lá que estava tomando esse troço pra diminuir a ansiedade! Sei que não lembrava de nada, enlouquecia na terceira cerveja e estava colecionando momentos "por que fiz aquilo?". Descoberta a causa do mau comportamento da pessoa, minha mãe comemorou: "tá vendo, Renata, agora você vai largar a bebida!". E eu a decepcionei, no melhor estilo Scarlet O'Hara (E o Vento Levou...), de punho pra cima (não tinha sombra de árvore no crepúsculo, mas foi bonito): "não, mãe, agora sei que jamais tomarei fluoxetina novamente!".

4 comentários:

Anônimo disse...

Hahahahahahahahahahaahahahaha...
Eu vou comentar, eu vou!
Deixa só eu parar de rir Hahahahahahahahahahahahahahaha
hahahahahahahahahahahahahaha...

Anônimo disse...

Até porque eu "sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?" Hein?!

besotes

Anônimo disse...

eita que o espírito de neguinho se perdeu por aí
"quando não estás aqui, meu espírito se perde, vôaaa, longeeeeeee, longeeeeeeee, longeeeeee"
Renato é tudo mesmo!

Anônimo disse...

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