25 de abril de 2007

Bom partido

Antes comigo do que mal acompanhada. Ou não? Engraçado como o mundo não perdoa a solidão consentida. Quando se está sozinho por desespero, falta de opção ou graves problemas, a fila parece não andar; contudo, no momento em que você passa a pedir um só copo na mesa do bar, ir ao cinema na companhia de sua pipoca ou não pentear o cabelo de manhã, parece despertar o incômodo alheio. Não bastassem as pessoas adotarem o passatempo de projetar pretendentes do sexo oposto (geralmente) para preencher o que acreditam ser vazio na sua vida, aparece peça de tudo quanto é lado para perturbar a sua condição zen (ou sem). A exemplo do taxista que acaba de me trazer. Mais um provável paciente, decidisse eu pela carreira de psicóloga (eu mereço; deve ser cármico). Mal entro no carro, ele começa a desabafar sobre o fato de estar na justiça com duas mulheres. Quase chorando, após narrar a situação da última, disse sentir-se inclinado a fazer uma besteira (para os telespectadores de novela mexicana de plantão, cometer um crime). Em vez de temer e rezar pra chegar logo, eu invento de soltar duas palavrinhas e responder indiretamente aos questionamentos do cafusú. Pois o chofer não só me deu seu cartão como insinuou, se tivesse a sorte, assumiria os meus gêmeos e me encheria de presentes e muito carinho. Mereço? Acho que somente pelo fato de você estar bem resolvida sozinha - o que deve dar um ar de superioridade, falsa, claro - passa a parecer um bom partido. Deve ser essa a justificativa para a minha querida psicóloga querer me ajeitar com o filho dela, um rapaz interessante, separado, com um Polo e um apartamento em Boa Viagem (características que fez questão de frisar, sem saber que geralmente os lisos, desajuizados e maltrapilhos me intrigam. E mora sozinho. E me achou linda e inteligente, veja só! Ahã). Pelo menos agora sei que não sou louca por completo, ou ela não ia me querer para nora.

10 comentários:

Anônimo disse...

Me veio à mente uma cena (meio real, meio fictícia), descrita numa mesa de bar há muito tempo atrás:
(*)
--Homem conta as suas lamúrias e traumas;
-- Mulher (com ar superior) ajeita os fios de cabelo q teimam em cair no rosto e pega um cigarro;
-- Homem continua a falar de suas desventuras e até da ex;
-- Mulher acende um cigarro, dá uma tragada e diz "Certo, agora me fale mais sobre esse seu problema...".

(*) depois de se agarrarem

Huahuahuahuahauhua é karma sim!
besos

Unknown disse...

era um partido, renatinha!
chatine

Anônimo disse...

concordo em genero numero e grau. a solidão minha incomoda os outros mais que a mim mesma, muitas vezes.

mas, sei lá, às vezes o povo quer bem.

ah, renatinha, dá uma conferida no bofe. mas se ele usar camisa ensocadinha de botão não dá!

Renatinha disse...

Vi, eu tb me lembro desta cena, não sei por que, ó?!! hahahaha. Besos

Querida Chatine de Pedra, inacreditável como somos parecidas até na condição de vítimas do Maníaco do Táxi! =*

Joaninha, mulher saudade, quero nuncaaaaa. Quero tu, topas? =*

GK. disse...

Não esqueça que os primeiros da lista de malucos, geralmente, são os psicólogos, trapêutas e afins. hahhahahhahahah.

Beijo!

Breno Pessoa disse...

Altamente sedutor esse taxista. Deve ser realmente um sucesso entre as mulheres.

Anônimo disse...

hahahahaha. tua psi é louca, mulher! foge dela, isso sim... ou então, tudo que o filho dela tem é um ap e um carro. eu disse TUDO. deve ser um traste. só essa história já dava um post.

Renatinha disse...

Hehehe. Breno, é o Maníaco do Táxi. Fiquei sabendo q Chatine desistiu de uma corrida com ele pra Moreno no dia anterior!

Bonina, já conheci a fera; é bonitinho e tal, mas, pra completar a almofadice, é advogado (Gabi não me ouça). E podia ser a bala q eu não quero complicação =P

Renato Mota disse...

qual era o toque do celular do taxista?

Eu gosto assim...
Eu gosto quando você sobe e desce fica em cima de mim
Tirando a roupa
Me deixa louca
Louca de amor...

by Nega do Babado

Renatinha disse...

Hahahahahaha. Será q era o mesmo daquela noite, Renato? Não duvido nada!