É hora, tira a máscara
Quero ver o que a alma escondeO porquê de não ter sido nada
O para quê e o por onde
O sem nome
O sem mais
Encara sem perigo
Mostra agora a que te destinas
Qual o intuito do teu mistério
Observa meu pescoço exposto
Crava-lhe os dentes se te agrada
Mas a noite vai se acabando
E terás de comprar cigarros à luz do dia
Quem serás ao sol fervente?
Por que vens, se não te chamo?
Não nega, pois, esse confronto
Do intangível com nosso respirar
Se não és o que me pregaste
Temas não meu indicador, perdido em tua capa
Que sejas de outro nome e outro rosto
Um jardineiro, uma senhorinha
Já floriu, não tenhas medo, toda a essência que me faz súdita
És certeza, embora não existas
Mostra as mãos, mesmo calejadas
Toca, ainda que geladas
Pois conquistaste a paz dos meus dedos quentes
E te ofertarei um lenço ou uma bengala
Um café ou conversa fiada
Se fores só tu, sem sombra e de alma.
3 comentários:
Um vampiro nunca entra sem ser convidado...
Belo texto, forte e doce.
Bjos Jornalista
É verdade jornalista. Mas o verdadeiro reconhecimento vem com o tempo, e garanto que eles vão saber reconhecer o esforço. =]
Quando eu era mais novo, no dia das mães eu tbm dava um abraço nele e agradecia pela força e o esforço de estar sendo dois.
Bjos
Adoro esse quadro do Munch!
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