15 de julho de 2010
Da aurora da vida
Amigo de infância é coisa pra se guardar debaixo de oito, nove, dez chaves, não? Afinal, carrega pedaço único nosso, o passado feliz, com a inocência perdida e a fé nas coisas simples. São laços firmes, mas não implicam parceria. Digo, não é incrível como seguimos caminhos distintos e, vez por outra, pensamos por que não mantivemos contato? Culpa das mazelas rotineiras? Chatice nossa? Esquecimento alheio? Talvez amizade e afinidade não sejam mesmo sinônimos. Atados os nós - que seguem assim desde os tempos em que éramos quase gente -, fica o sentimento bom, a prontidão para doar ombro, sangue ou qualquer préstimo ao amigo de velhos tempos. Mas não são necessariamente companheiros inseparáveis, daqueles que nos fazem falta até em poucos dias de distância. Podem existir amigos de infância companheiros. Mas não precisamos nos frustrar se os dois status não vierem juntos. Até porque não teria graça conviver o tempo todo com o passado. Ou deixar de receber e-mails, cartas saudosas e fotos antigas. Bom que seja assim. Mesmo esquecendo a canção.
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Um comentário:
Eu acho que realmente tem certas amizades que são meio mágicas, você passa meses sem ver aquele amigo e de repente encontra ele e parece que foi ontém que você tinha conversado com ele.
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