25 de junho de 2010
Mundo cão
Horas existem em que dá vontade de esquecer princípios, religião, lucidez, ponderação, justiça. Essa última, de tão abstrata, então, nem serve mais de vapor no sonho. Ô mundinho cão! Quem se esforça em fazer o que é certo parece valer (bem) menos do que o que mente, maltrata, agride. E o algoz capaz de rir por último. Com aplausos dos responsáveis pela justiça humana, se brincar. Incrível como chega a ser difícil falar para si mesmo do que tarda, mas não falha, do que Deus tá vendo, do que ninguém escapa. Diante de tanta maldade, violência, hipocrisia, cinismo e falta de escrúpulos, como preservar o que há de bom? Como proteger os que vêm? E deixar tranquilos os que vão? Fé é o que resta. E, mesmo assim, não é resto. É como se diz: madeira-de-lei que cupim não roi, quem espera sempre alcança, a verdade sempre aparece. Apegar-se aos provérbios e torná-los mantras. Talvez se façam luz mediante repetição.
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3 comentários:
Não é questão só de Justiço. É inversão de valores: na justiça, na política, no trabalho (aqui é onde a gente mais vê). Às vezes dá vontade de sair atirando em tudo como Michael Doulgas em Um dia de fúria...
Eu acho que realmente você sente muitas vezes essa sensação e algumas vezes parece que aqueles que deveriam garantir a justiça não fazem nada.
Eu acho que na sexta-feira no Recife Antigo eu tive essa impressão. Roubaram o celular de uma amiga, ela viu os maloqueiros, ela foi lá até um telefone público e não veio viatura. Em seguida passou um viatura de patrulhamento e eles se recusaram a ir até o local onde estavam os trombadinhas por que não tinham o número da ocorrência. E a certeza de impunidade é tão grande que dava pra ver que eles continuavam por ali.
Infelizmente Jornalista o mundo é humano, se ele fosse cão acho que as únicas confusões seriam o incesto e um cheirar o rabicó do outro.
Para mudar seria quase como o sonho de mil gatos.
Tá muito fofinho teu blog, bjão.
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