23 de março de 2008

Trashgirl



Sério, agora até eu fiquei meio desconfiada de que sou fria. Um punhado de gente já me acusou de tal rótulo, apesar de me vir chorar ao encontrar um cão maltratado na rua ou ouvir uma história de amor melosa e risível. Taí a palavra "risível"; chegamos ao problema rapidinho desta vez. Eu simplesmente gargalho, excreto lágrimas aos litros, me urino (tá, eu sempre consigo me segurar até o banheiro) e chego a ficar com os músculos abdominais (ao menos inda posso identificá-los) doloridos com coisas normalmente não risíveis. Exemplo? Acabo de assistir ao filmezinho cocô-de-louro O Albergue, que não vi antes por estar grávida na época e que me foi altamente recomendável, uma vez que sou fã do gênero horror e afins. Sim, eles me são preferidos por me provocarem as risadas mais sinceras, espontâneas e, por vezes, inesperadas. Foi o caso. Um roteirinho merda, que Tarantino deve ter sido co-produtor apenas por ter jogado fora o roteiro, e o povo quis dar crédito. Todo o sangue, os membros cortados e as caras estúpidas me fazem rir, e muito. Não mais do que as películas orientais do mesmo gênero, que não deixo escapar na locadora (sim, ainda freqüento esse lugar e acho que superfaz parte do ritual). Coisas ridículas que se levam a sério são como córsegas pra mim, e dicunforça. Não costumo me divertir com comédias (exceção: Monty Python e tais)...deve ser por isso que apelo ao trash. Sim, cine trash, trash-music, trash-style em geral. Adoro. Autenticidade, mesmo quando se copia sebosamente artistas e modinhas cults; não há melhor entretenimento. Diversão garantida é ver almas penadas macabramente mal-feitas, escutar notas desafinadas e letras terríveis, curtir e adquirir um acessório bregoso pra coleção e visitar ambientes altamente nada-a-ver, porque in loco é mais gostoso. Seria frieza achar graça no grotesco, gostar do tosco e ver o belo no tétrico? Ah, acho que o belo é óbvio, o gosto é previsível e a graça é pré-fabricada. E quem nunca riu da desgraça atire a primeira pedra e peça pra sair (zerodois)!

7 comentários:

Paranóia Ululante disse...

Caramba, eu odiei o albergue. Só ri mesmo na parte da moça japonesa.

Eduardo disse...

Cultura trash Rulles total!
\o/

Anônimo disse...

Também não consigo me divertir como deveria assistindo comédias...
Pensei q só acontecia comigo. O gênero de filme que mais me faz gargalhar são aqueles filmes de ação pra machos... quando o mocinho dá uma lição de moral ou fala do que é importante na vida além de beber, cair, levantar e matar os inimigos. A-DO-RO!

Unknown disse...

Música brega é divertidíssima, agora filme... que gostinho duvidoso heim D. Renata?!rs

Beijo. E outro.

Unknown disse...

E como eu sei que você adora um axé... kkk...risível seria tu no recifolia... "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...". Trash?

Ei, ei.. é só pra entrar no espírito burlesco do blog, visse?

Renatinha disse...

Meldeusss, ele me chamou de Renata. Quem é essa? hehehehe. Ah, Ma, adoro mesmo. E, Nobody, tb supercurto os filmes cafuçus pra rir, mas admito que todos os que tiverem como protagonistas Van Damme, Steven Seagal (não sei nem quero saber como se escrevem esses nomes) e aquele japonês insuportável cujo nome não me recordo (um metido a NeoBruce Lee). Até curto um filminho de muita luta e poucas palavras pra rir bastante, mas prefiro os que envolvem lutadores de boxe, de karatê, ninjas, samurais e vingativos em geral. Adoro qdo o mocinho bota pra lascar nos maus. Uhu!
Bjos em vosotros! =***

Eduardo disse...

Ah e sabe o que é mais trash? Caco tocando beatles!!!!
huauahuhaha
Vou querer tua voz emprestada por meu blog também viu jornalista?