28 de setembro de 2007

Briga de galo


Achei graça quado aquele senhor banguela me convidou a ocupar o assento vazio do seu lado, naquele ônibus lotado. Porque ele estava com um galo na bolsa. Enquanto conversava com um amigo, de pé, o senhor se intrometeu e começamos a prosa. Eu quis dar uma lição, quando o veim disse que o galo era de briga. "Por que o senhor não arruma alguém do seu tamanho e vai o senhor mesmo brigar? Os animaizinhos é que sofrem!". Não sabia eu que a liçao estava reservada pra mim. Por simpatia à minha pessoa, o mestre contou sua história de luta enquanto preso político na Ditadura. E mostrou marcas. E chorou. E venceu. "Se alguém me perguntar hoje se sou comunista, ainda digo que sim. Não sou é terrorista", concluiu o sábio simples. E eu espero ter absorvido aquele exemplo de luta, com uma sede de justiça talvez tão grande quanto a minha, mas, sem dúvida, anos-luz acima da minha pretensão de querer ser forte.

17 de setembro de 2007

1 ano com 3 corações


Dia 18 de setembro de 2007. Dia ímpar para uma vida par. Há um ano tenho três corações. Que já batiam compassados quando éramos um ser ímpar. Quando dois dos corações vieram à luz, passaram a bater fora do corpo. E o que restou dentro cresceu aos pares. E nada do que se possa dizer na pobre linguagem humana define a sensação de se possuir 3 corações. E nada pode ser mais ímpar do que ver a si mesmo em par. Par de sorrisos. Par de abraços. Pares de olhinhos... Pare de imaginar. Por que só mesmo sendo três se pode saber o que é ser par. E nada mais singular do que ser plural ao ver o seu amor multiplicar.

9 de setembro de 2007

Chopp garotinho


Cerveja é realmente o líquido precioso e pronto. Gelada, de garrafa de 600 ml, Original e com pouca espuma é o ideal. Mas as variações também podem ser interessantes, desde uma mudança no rótulo a alterações na quantidade, como no caso do chopp garotinho. É mais ou menos por aí que se pode tentar explicar o tão traumático problema do pinto pequeno. Claro que devem existir outras formas mais elegantes do que tal metáfora sebosa, mas os depoimentos das calcinhas amigas de todos os tempos merecem esse tom cretino. E o tema veio à tona depois da publicação, no domingo passado, de uma reportagem (feita por grande amiga, competentíssima) desmistificando o pau pequeno, dizendo que é coisa da cabeça masculina e que não precisam se incomodar com tamanho, diâmetro, forma ou intensidade da ereção (essa foi péssima). Segundo os especialistas da matéria (todos homens), tudo é belo, as terminações nervosas do canal vaginal só estão no começo e tudo o mais é frescura da mulher. Rá. Tá bom então. Vale tudo pra tirar os traumas dos nossos amigos bilaus noiados. Mas é importante saber que o buraco é mais embaixo (é apertado, direitinho e gosta de ser bem trabalhado). Sobre o tamanho, as queridas colecionam experiências interessantes. Uma namorou um japonês e disse ter sido deprimente colocar os lábios da boca naquele "batom garoto". Outra, dia desses, talvez tomada pelo preconceito, teve uma crise de riso incontível quando o boy tirou as calças. A bicha ficou sorrindo descontroladamente por mais de 10 minutos...e estilou. Não tanto quanto a manicure de um amigo, que pegou (ou ia pegar) o maior garanhão da comunidade (o cara se achava!) e, quando o bofe tirou a cueca, decepcionou a lapa de negona, que não vacilou: "guarde, guarde, guarde!". Sim, e teve aquela com o ator famosinho (pela pitoca minúscula), que, crente que iria abafar no partidão, sentou ao pé da cama e chorou ("isso tinha que acontecer comigo!"). Bom, pra causar tais efeitos constrangedores, o negócio tem que ser realmente atrofiado, né? E muito fino, porque realmente ninguém precisa atingir o útero da parceira pra causar prazer! O que a experiência coletiva do Clube Ninja LTDA diz é o seguinte: anatomia não é problema, e sim a incapacidade de autoconhecimento e traquejo, claro. Agora, volto a insistir, boa ereção é sim indispensável. Os molões que nos perdoem, mas pau duro é fundamental! Aí não tem conversa. Portanto, marmanjo bom é o que tem jogo de cintura (literalmente) e sabe lidar com o que tem (ou com o que falta. Criatividade, baby)). Nunca se sabe o que se vai encontrar por aí (e as reações podem ser as mais bizarras). Mas ninja que é ninja sabe o que fazer diante das situações aparentemente constrangedoras e que dão super certo no fim...sim, que seja no fim, pq ejaculação precoce fica pra outro post. afe!).