16 de junho de 2010
Chuva e fogo
Apagar fogo. Taí uma função muito digna da chuva, que insiste em inundar os planos do Recife nos últimos dias. É certo que os pingos molhadores de barra de calça, bolsa de pano e lente de óculos portam-se de maneira incoveniente na maioria das vezes. Atrasos no trabalho. Bagaceira no trânsito. Menos fogos no jogo do Brasil. Nem aquela desculpinha pra ficar em casa sob cobertas, comendo besteira e vendo filminhos serve muito. Até porque o sinal da TV complica, a energia cai e o peso aumenta. No entanto, descobriu-se muito recentemente esta ótima artimanha da chuva de meu Deus: apaga um fogo que é uma beleza! E não é só fogo queimado, nem fogo de fogueira. Vão-se, pelas galerias entupidas da cidade, planos maliciosos, desejos projetados e pedaços de imaginação impublicáveis. Assim que começa a trepidar, provocado por faíscas de sugestão, a chuva abafa o pensamento, posto que é chama. E é por bem pouco que essa tromba d'água não muda a resposta daquilo que cai em pé e corre deitado. Chuá.
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6 comentários:
hehehe. Que lindo o blog, botou quente, mesmo na chuva. Beijo, Olívia. (adorei o "Diz tu")
Mai que pedaços de imaginação impublicáveis não enxurrada que leve...
consertando, "não TEM enxurrada que leve"
"Just Singin in the rain..."
Pulando em todas as poças possíveis, o guarda-chuva já voou a muito tempo ^^.
bjão
Só chove no Recife. Aqui em SP, esse é mês só de frio. E seca. Lábios rachados e pele descamando. Se garanta no hidratante não!
Que bacana está teu blog! Achei que tivesse errado o endereço (tem coisa mais clichê que dizer isso em meio a mudanças?). rs
do lado de cá a situação nem muda tanto.
Ouvidos e pulmões agradecem a parte que lhes toca.
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