22 de abril de 2010

Sacrifícios

A ideia de cruz pesada, ou de açoite nas costas nuas, ou de milho sob o joelho. Sacrifício. Sujeitar-se à dor ou abster-se do prazer, por causa ou ideal determinados, pode parecer dramático, lunático ou antiquado. Mas sacrifício não precisa ser associado somente a sofrimento. Há de se ganhar o trunfo depois dos caminhos de pedras. Há de se aprender com algumas dificuldades. De gozar depois das privações. Sacrificar-se pode significar esforço, determinação, perseverança, lucidez. Sem doer, muitas vezes. Abstrair, sublimar, transcender...vale se inspirar nos caminhos tibetanos para armazenar e transformar energias em prol do equilíbrio, em vez de desperdiça-las ao vento. Vale mais o pequeno momento de felicidade forjada ou o êxtase real? O espirro ou o suspiro? Os anos mais que os segundos? Quando se escolhe esperar pelo tesouro, parece sábio descartar as bijuterias. E que venha, com prazer, todo o ouro merecido!

2 comentários:

Leonardo Xavier disse...

Eu tenho cada vez mais impressão que esse tipo de idéia de valorizar as coisas pelo sacrifício cabe cada vez menos na minha vida. Não que eu espere que tudo seja fácil, mas eu não sinto que é preciso sofrer para poder sentir a felicidade.

caracol menina disse...

é.. essa coisa de tesouro... por isso chama-se Caça ao tesouro. É uma verdadeira saga. E vale lembrar a história do 'fácil vem, fácil vai.'

tudo depende do ângulo que pretendemos estar/ver.