8 de fevereiro de 2009

The Best

O problema está em querer ser o melhor em, pelo menos, uma coisa; a Síndrome do Especial; a mania de crachás e títulos (talvez medalhas e troféus). Embora muitos de nós declaremos simplicidade, falta de espírito competitivo, cuca bem resolvida, queremos, a todo custo, ser lembrados por alguém como referência disso ou daquilo. De preferência, que esse alguém nos ache a mulher ou o homem da vida dele, mesmo que já esteja em outra. Ou também podemos ser os melhores amigos, os grandes filhos modelos, as paixões devastadoras e memoráveis. E tudo o mais que nos faça acreditar que somos mais do que um palito de fósforo na caixa plena. Contos de fadas, incentivo dos pais na infância, competições desportivas, vestibulares...os fatores externos até que podem contribuir para a nossa vontade de ser mais e melhor. Mas essa necessidade de marcar, tatuar, incomodar, abalar só denuncia nosso descrédito frente ao espelho. Nossa auto-estima pode até nem estar lá embaixo, todavia não se pode considerar o bom estado diante dessa cobrança incansável por destaque. Pode não ser como a gente quer nem com os louros sonhados...mas certamente somos bons em alguma esfera; e não necessariamente precisamos ser melhores do que os outros. Quem precisa da comparação com terceiros para acreditar-se bom carece de aprender mais um pouco sobre como estar bem consigo. Ela está com outro, ele escolhe outras, ela não se importa comigo, ele não me percebe...deixa estar. Com as voltas deste mundinho redondo, não há vencedores, derrotados, nem mesmo as batatas. Nossas escolhas e até certas interferências supremas nos farão subir ao pódio na maratona por nós mesmos. E, se precisamos de troféu, que ele seja não dourado do reconhecimento alheio, mas reluzente o suficiente para fazermos bem com o pouco que somos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai amiga, que sacanagem.
Me doeu como um murro no estômago. Vale não.
:~~