31 de julho de 2008

Jargão do coração


Dizem que ter um filho é ver seu coração bater fora do corpo. E que, em coração de mãe, sempre cabe mais um. Que, às vezes, ele ameaça sair pela boca. Que amor com amor se paga. Que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito.
E tantos jargões, ditos e verdades, ainda assim, não são capazes de mensurar todas as habilidades e superpoderes desse romântico órgão. Coração também é elástico, inflável, invisível, divisível, multiplicável, camuflável, desdobrável. Sim, desdobra-se fácil, não? Ao menos o meu tá aqui, tá no Rio, em Petrolina, em Brasília, em Porto Alegre, em São Paulo...aliás, soube que ele está até procurando apartamento em Sampa, ó. É que nobres e invulgares habitantes deste posto cardíaco estão indo aos montes para lá. De avião e saia. De cabelos modernos. Com e sem acompanhante. Com e sem aliança. Sem passagem de volta. Com sorriso no rosto, brilho nos olhos... Impossível estar triste. E os meus olhos apenas umedecem. Não iria inundar meu super-herói pulsante. Até porque ele atravessa limites geográficos em segundos e até ensaia alguma telepatia. Não, coração, vou te deixar livre mais uma vez. Vá e volte, dance e pule, transcenda. Sim, coração, qualquer dia, eu volto a te encontrar.

25 de julho de 2008

A gorda e o Vale A


- Boa tarde. Deixa eu passar pela catraca que te dou a passagem. Pro sorvete não cair (risinho simpático).

- ...

Cinco minutos depois, cobradora de olho no sorvete:

- Vai ficar ainda mais gorda!

- ¬¬

21 de julho de 2008

Nada


Como procurar pela alma
Se faltam ainda as cores? Onde?
Tento, em vão, distinguir o sal
Mas é só água do mar...
Antes fossem lágrimas.

A chama morna não trepida, fumaça.
Fumaça? Também ela é inodora.
Antes exalasse terrível odor sufocante.

Só incomodam (ainda) os cigarros
E os 'despertares' de madrugada.
Só me comove a infância...
Todo o resto é nada.

17 de julho de 2008

De volta à janela

A internet escraviza. Ficar sem ela liberta, certo? Ao contrário: senti-me presa a um mundo pequeno, o meu. Meu mundo é bom, mas prefiro portas e janelas abertas. Janelas, janelas piscando, isso sim. E sucumbir ao internético não é optar pelo virtual em detrimento da realidade. Acho que é o mesmo que querer vencer minha miopia, na tentativa de enxergar mais longe e melhor. Bingo! Estar conectado é como usar óculos: você não precisa dormir com eles, mas depende dos danados pra ver além dos limites míopes. Enfim, estou de volta, queridos. Té daqui a pouco.

11 de julho de 2008

Férias dão trabalho

É, de férias. Teoricamente mais tempo pra fazer coisas legais, como escrever no bloguinho. Rá. Trabalhos por fora, filhotes enlouquecidos queredo passeio e sem net na casa nova ainda. Mas isso passa. Afinal, eu mereço sombra e internet fresca, não? Volto já.